
Brasil
Exército vê risco de interferência externa em proposta do PL Antifacção
Militares avaliam que a equiparação poderia ser usada por potências estrangeiras

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
A cúpula do Exército Brasileiro avalia que a proposta em discussão no Congresso Nacional que equipara facções criminosas a organizações terroristas pode representar um risco de interferências externas no país. O tema voltou ao debate com o Projeto de Lei Antifacção, sob relatoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP). As informações são da Folha de S. Paulo
Oficiais-generais ouvidos pelo jornal afirmam que tal equiparação poderia ser usada por potências estrangeiras, especialmente os Estados Unidos, como justificativa para ações militares sob o argumento de combate ao tráfico e ao terrorismo.
Os militares lembram que a gestão de Donald Trump chegou a defender a classificação de facções como o PCC e o Comando Vermelho como grupos terroristas, política semelhante à usada contra o governo da Venezuela, com o enquadramento da facção Tren de Aragua e o envio de navios de guerra à região.
A cúpula do Exército entende que tal discurso abre espaço para intervenções na América do Sul, e teme que o Brasil seja incluído em operações desse tipo. O desconforto aumentou após o Comando Sul dos EUA, chefiado pelo almirante Alvin Holsey, solicitar uma visita incomum a um batalhão de fronteira no Acre, pedido negado pelo Exército brasileiro.
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