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Black Friday deve movimentar R$ 5,4 bilhões no Brasil, aponta CNC

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Black Friday deve movimentar R$ 5,4 bilhões no Brasil, aponta CNC

Comércio projeta crescimento de 2,4% nas vendas, impulsionado pela queda do dólar, inflação menor e avanço do emprego

Black Friday deve movimentar R$ 5,4 bilhões no Brasil, aponta CNC

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 19 de novembro de 2025 às 18:06

O comércio brasileiro deve movimentar um volume recorde de R$ 5,4 bilhões durante a Black Friday deste ano, cuja data central será na próxima sexta-feira (28). A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo a entidade, o valor representa um crescimento de 2,4% em relação ao registrado no ano passado (R$ 5,27 bilhões), já considerando a inflação. O economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, afirmou à Agência Brasil que a projeção leva em conta todo o mês de novembro, e não apenas o dia específico da promoção. “Isso é uma característica da Black Friday brasileira”, explicou.

A Black Friday já figura como a quinta data mais importante do varejo, atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

Os setores que devem liderar as vendas são: Hiper e supermercados: R$ 1,32 bilhão; Eletroeletrônicos e utilidades domésticas: R$ 1,24 bilhão; Móveis e eletrodomésticos: R$ 1,15 bilhão; Vestuário, calçados e acessórios: R$ 950 milhões; Farmácias, perfumarias e cosméticos: R$ 380 milhões; Livrarias, papelarias, informática e comunicação: R$ 360 milhões

A CNC atribui o cenário favorável à desvalorização do dólar, que reduz o preço de produtos importados, à inflação em desaceleração e ao avanço do emprego e da renda. A taxa de desemprego alcançou 5,6% no trimestre encerrado em setembro, o menor patamar da série histórica do IBGE, iniciada em 2002.

Entretanto, fatores como juros elevados e o alto nível de endividamento das famílias ainda limitam um crescimento maior. Dados do Banco Central indicam que a taxa média de juros do crédito livre para pessoas físicas chegou a 58,3% ao ano, o maior índice para o período desde 2017. Já uma pesquisa da própria CNC aponta que 30,5% das famílias estão com contas em atraso.

Outro ponto que pressiona o comércio interno é a concorrência com o varejo internacional, já que muitos consumidores têm optado por comprar em lojas estrangeiras.

Para medir o comportamento dos preços, a CNC monitorou diariamente 150 itens de 30 categorias. O estudo revela que 70% delas apresentaram “elevado potencial de redução”, com quedas superiores a 5%, indicando margem para descontos significativos durante a campanha.