
Brasil
Cortes de Trump ameaçam fechar organizações humanitárias no Brasil em 2026
Funcionários já foram demitidos e projetos foram interrompidos

Foto: Official White House/Daniel Torok
A Cáritas, organização com quase 50 anos de atuação no acolhimento e apoio a imigrantes e refugiados no Brasil, enfrenta um futuro incerto a partir de 2026 após sofrer forte impacto dos cortes na ajuda humanitária dos Estados Unidos. A mudança na política externa norte-americana, sob a nova gestão Trump, levou ao cancelamento antecipado de repasses previstos para 2025, afetando diretamente o funcionamento da instituição. Funcionários foram demitidos, projetos foram interrompidos e até profissionais antigos.
Os cortes atingiram também o Acnur, parceiro histórico da Cáritas há mais de quatro décadas. A agência da ONU sofreu redução de cerca de 25% em seu orçamento global e afirma que já não consegue atender cerca de 270 mil pessoas no Brasil que necessitam de apoio. Com isso, a Cáritas teve de encerrar o auxílio emergencial oferecido a imigrantes recém-chegados, adiar cursos de português gratuitos e diminuir sua equipe. Segundo o órgão, o orçamento atual é o menor em dez anos, apesar de o número de deslocados forçados no mundo ter dobrado e ultrapassado 120 milhões.
De acordo com o portal de notícias g1, para os trabalhadores e beneficiários, o cenário é considerado devastador. A Cáritas alerta que o risco de fechamento não se deve à perda de relevância, ao contrário, a demanda só cresce, mas a uma “crise de responsabilidade” global no financiamento da proteção humanitária.
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