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Segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

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Acesso à internet cresce entre classes sociais no Brasil, mas desigualdade ainda persiste

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Acesso à internet cresce entre classes sociais no Brasil, mas desigualdade ainda persiste

Estudo também indica mudanças no perfil de uso da internet

Acesso à internet cresce entre classes sociais no Brasil, mas desigualdade ainda persiste

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 09 de dezembro de 2025 às 15:02

O acesso à internet no Brasil atingiu um recorde histórico em 2025, segundo a pesquisa TIC Domicílios divulgada nesta terça-feira (9). Atualmente, 86% dos domicílios brasileiros estão conectados, o que representa 157 milhões de usuários, número que sobe para 163 milhões quando incluídos aplicativos que acessam a rede indiretamente. O crescimento em relação a 2015, quando apenas 51% dos lares tinham acesso, reflete especialmente a expansão entre famílias de menor renda, cujo acesso passou de 15% para 73% em uma década.

Apesar do avanço, a desigualdade de acesso por classe social e região continua evidente. Nas classes A e B, a conexão é quase universal, com 99% e 95%, enquanto na classe C cai para 86% e nas classes D e E atinge 73%. Nessas últimas, 87% acessam a internet apenas por celular, e a qualidade da conexão também é menor: 38% relatam queda de velocidade após uso do pacote e entre 30% e 37% precisam contratar pacotes adicionais para manter a navegação. O acesso é ainda menor em áreas rurais (77%) e entre pessoas com menor escolaridade ou idade mais avançada.

O estudo também indica mudanças no perfil de uso da internet. As famílias mais pobres priorizam celulares e serviços básicos, enquanto o acesso por cabo ou fibra óptica se concentra nas classes mais altas. Ferramentas de governo digital, como serviços de saúde e emissão de documentos, ganham espaço entre todos os perfis. A pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Cetic.br com apoio da Unesco, monitorou o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) por brasileiros a partir de 10 anos, revelando avanços na inclusão digital, mas reforçando a necessidade de políticas para reduzir desigualdades.