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PF aponta que Sergio Moro grampeou autoridade no Paraná

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PF aponta que Sergio Moro grampeou autoridade no Paraná

A ordem de busca e apreensão foi expedida pelo ministro Dias Toffoli, após pedidos do STF

PF aponta que Sergio Moro grampeou autoridade no Paraná

Foto: Carlos Moura/Agência Senado

Por: Metro1 no dia 17 de dezembro de 2025 às 09:31

A Polícia Federal encontrou, durante uma operação de busca e apreensão na 13ª Vara Federal de Curitiba, documentos que indicam que o ex-juiz Sergio Moro teria usado delatores para gravar autoridades com foro privilegiado no Paraná. Entre os materiais apreendidos estão registros que apontam o monitoramento de autoridades que, pela lei, só poderiam ser investigadas com autorização de tribunais superiores.

Havia uma conversa de cerca de 40 minutos entre o presidente do Tribunal de Contas do Paraná, Heinz Herwig, e o delator Tony Garcia, além de um despacho judicial que indica a ordem para a realização da escuta. O documento, datado de julho de 2005, mostra que Moro determinou que o colaborador tentasse gravar novamente a autoridade, alegando que as gravações anteriores não atendiam ao objetivo pretendido.

Segundo a Polícia Federal, parte desse material, incluindo relatórios de inteligência e transcrições de escutas, não havia sido unida aos processos e estava guardada nas dependências da Vara. Os documentos citam gravações envolvendo desembargadores do TRF-4 e políticos com foro privilegiado, feitas por colaboradores ligados à Vara, sem autorização do Superior Tribunal de Justiça.

A ordem de busca e apreensão foi expedida pelo ministro Dias Toffoli, após pedidos do Supremo Tribunal Federal por documentos e gravações que não foram enviados à Corte, mesmo após a saída de Moro da magistratura. O procedimento corre sob sigilo e apura se delatores foram usados para monitorar autoridades fora do alcance legal do então juiz.

Sergio Moro nega as acusações e afirma que elas se baseiam em relatos fantasiosos de Tony Garcia, condenado que firmou acordo de delação premiada em 2004. Moro também declarou, por meio de sua assessoria, que não teve acesso aos autos atuais da investigação e, por isso, não comentou o conteúdo do material apreendido.