Brasil
Escola pede que mães usem roupas 'menos curtas e decotadas' ao buscar filhos
Um comunicado enviado por um colégio particular de Recife, Pernambuco, tem causado bastante polêmica entre estudantes, pais, professores e principalmente na página do Facebook da instituição. Na última segunda-feira (27), uma circular enviada pela direção do Colégio Santa Maria pedia que os responsáveis por buscar e levar os alunos à escola vestissem "roupas menos curtas, menos decotadas, menos extravagantes". [Leia mais...]
Foto: Reprodução / Google Maps
Um comunicado enviado por um colégio particular de Recife, Pernambuco, tem causado bastante polêmica entre estudantes, pais, professores e principalmente na página do Facebook da instituição. Na última segunda-feira (27), uma circular enviada pela direção do Colégio Santa Maria pedia que os responsáveis por buscar e levar os alunos à escola vestissem "roupas menos curtas, menos decotadas, menos extravagantes".
Diversos internautas publicaram mensagens na rede social do colégio, revoltados com a medida determinada pela diretora da instituição, Rosa Amélia Muniz Emery Carneiro. "Os colégios deveriam estar preocupados em ensinar aos seus alunos sobre RESPEITO com o próximo e com suas escolhas individuais, ao invés disso, o colégio em questão emite carta de recomendação sobre vestimentas "em nome da moral e dos bons consumos". Isso é vergonhoso!", disse uma internauta.
De acordo com o ex-aluno do colégio Heitor Rocha, de 21 anos, a medida defendida pelo colégio reflete os pensamentos conservadores da instituição. "O tradicional colégio Santa Maria é uma instituição extremamente elitista, formada por indivíduos de famílias privilegiadas economicamente, de ideais muitas vezes calcados em futilidades e velhos preconceitos. O colégio não deixa de ser um retrato desse grupo social e, por isso, a atitude da diretoria assusta, mas não surpreende quem conhece", disse.
Após a polêmica, a escola enviou uma nota em que diz que "a intenção do colégio é orientar sobre roupas adequadas ao ambiente escolar". A instituição afirmou ainda que lamenta 'caso alguém tenha interpretado de forma equivocada ou se sentido constrangido'.
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