
Brasil
Waldir Freitas critica editoras sobre dificuldade para publicação de livros
O professor e escritor Waldir Freitas Oliveira, de 86 anos, membro da Academia de Letras da Bahia, criticou editoras em entrevista a Mário Kertész nesta quinta-feira (6), quando detalhou as dificuldades para publicação de novos livros no Brasil. [Leia mais...]

Foto: Bárbara Silveira / Metropress
O professor e escritor Waldir Freitas Oliveira, de 86 anos, membro da Academia de Letras da Bahia, criticou editoras em entrevista a Mário Kertész nesta quinta-feira (6), quando detalhou as dificuldades para publicação de novos livros no Brasil. "Coisa séria não há mais. Elas acham que o que garante as vendas agora são literaturas que falam sobre erotismo e misticismo", falou.
Waldir relembrou também um pouco da sua história. "A minha infância na escola foi após a Revolução de 1930, e quando terminei o colegial, só existiam três opções para o vestibular: direito, medicina e engenharia. Como aprendi a ler muito cedo e pela minha paixão pelos poetas e romancistas, escolhi o direito".
Com passagem marcante pelos editoriais mordazes do jornal A Tarde e por colunas em que analisava, venenosamente, a política e o cotidiano da política da Bahia, Waldir revelou que chegou a preparar um discurso para o então governador Antônio Carlos Magalhães — embora tenha se posicionado politicamente na oposição a ACM. "Em uma ligação ele me disse: 'Leio e gosto muito dos seus editoriais no jornal A Tarde. Queria um favor seu: me deram a Medalha Camões, e eu não sei nada sobre. Queria que você escrevesse para mim'. Eu, então, aceitei", disse.
Waldir confessa que não cobrou nada por esse favor, mas um mês depois ele teve seu nome na lista do Conselho Estadual de Cultura e chegou a ser presidente. "Quando o PT subiu, fui considerado carlista e fui demitido, mas sempre tinha sido contra a política de Antônio Carlos", disse.
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