Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sábado, 27 de julho de 2024

Home

/

Notícias

/

Brasil

/

ʹQuebra na relação de confiançaʹ, diz ministro da Justiça sobre extradição de Battisti

Brasil

ʹQuebra na relação de confiançaʹ, diz ministro da Justiça sobre extradição de Battisti

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou em entrevista à BBC Brasil que o motivo da revogação da condição de refugiado do italiano Cesare Battisti foi a "quebra de confiança" ao deixar o país em direção à Bolívia com mais de R$ 10 mil.[Leia mais...]

ʹQuebra na relação de confiançaʹ, diz ministro da Justiça sobre extradição de Battisti

Foto: Agência Brasil

Por: Paloma Morais no dia 13 de outubro de 2017 às 16:48

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou em entrevista à BBC Brasil que o motivo da revogação da condição de refugiado do italiano Cesare Battisti foi a "quebra de confiança" ao deixar o país em direção à Bolívia com mais de R$ 10 mil, valor acima do limite permitido por lei para saída sem declaração à Receita Federal.

"Ele quebrou a relação de confiança para permanecer no Brasil. Tentou sair do Brasil sem motivo aparente. Ele disse que ia comprar material de pesca, mas quebrou a confiança porque praticou ato ilegal e deixava o Brasil, com dinheiro acima do limite, sem motivo aparente", justifica o ministro. Battisti não estava impedido de deixar o Brasil, porém, segundo o governo brasileiro, a "circunstância" e a alta quantia de dinheiro de dinheiro que ele portava são ações suspeitas.

Com a decisão, Battisti será extradidato caso o Supremo Tribunal Federal (STF) não conceda um habeas corpus preventivo a ele. Em 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recusou a extradição de Cesare Battisti. 

Jardim afirmou ainda, que o presidente Michel Temer deve aguardar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux sobre o habeas corpus apresentado pela defesa do italiano para evitar que uma decisão de Temer seja derrubada. "A Itália nunca abriu mão disso. Os italianos não perdoam o Brasil por não mandar o Battisti de volta. Para eles, é uma questão de sangue. É um entrave nas relações Brasil-Itália e na relação com a União Europeia como um todo", diz o ministro.