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MPF denuncia 31 pessoas por fraudes na utilização da Lei Rouanet

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MPF denuncia 31 pessoas por fraudes na utilização da Lei Rouanet

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta segunda-feira (6) 31 pessoas acusadas de participar do esquema que desviou R$ 21 milhões por meio da Lei Rouanet. De acordo com os investigadores, os acusados de participar das fraudes descobertas pela Operação Boca Livre, deflagrada em junho de 2016, pela Polícia Federal (PF), devem responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato contra a União e falsidade ideológica. [Leia mais...]

MPF denuncia 31 pessoas por fraudes na utilização da Lei Rouanet

Foto: Roverna Rosa/Agência Brasil

Por: Matheus Simoni no dia 06 de novembro de 2017 às 16:06

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta segunda-feira (6) 31 pessoas acusadas de participar do esquema que desviou R$ 21 milhões por meio da Lei Rouanet. De acordo com os investigadores, os acusados de participar das fraudes descobertas pela Operação Boca Livre, deflagrada em junho de 2016, pela Polícia Federal (PF), devem responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato contra a União e falsidade ideológica. A 3ª Vara Federal em São Paulo vai apreciar a denúncia e decidir se dá prosseguimento ao processo.

As investigações apontam que o Grupo Bellini Cultural desenvolvia projetos fictícios e apresentava contrapartidas ilícitas ao mecanismo de fomento cultural por renúncia fiscal. Criada em 1991, a Lei Rouanet concede incentivos fiscais para projetos e ações culturais. Por meio da lei, pessoas físicas e jurídicas podem aplicar parte do Imposto de Renda devido em projetos culturais. Além do MPF, as investigações envolveram a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União.

Segundo a denúncia, os acusados usavam diversos meios, como notas fiscais falsas, para simular a execução ou superfaturar a prestação de contas dos projetos culturais. Havia também a apresentação de projetos duplicados, usando a mesma ação para justificar a prestação de contas de duas propostas enviadas ao Ministério da Cultura. Ainda segundo a procuradoria, espetáculos e apresentações financiados com os recursos públicos acabam se tornando eventos institucionais fechados.