Brasil
Exoneração de Moro para assumir Ministério compromete imagem do Judiciário, diz Ayres Britto
Para ele, é preciso ter cautela antes de migrar para o cargo
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto afirmou, de acordo com o jornal O Globo, que a saída do juiz federal Sergio Moro do Poder Judiciário para o Ministério da Justiça, no governo de Jair Bolsonaro, compromete “a boa imagem social do próprio Judiciário”, que deve zelar pela separação e independência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
“O Judiciário se define pelo desfrute de uma independência que não pode ser colocada em xeque. Os magistrados devem manter o máximo de distância dos outros dois poderes. Isso não parece rimar com o "espírito da coisa" de um membro do Judiciário pedir exoneração e já se transportar, com mala e bagagens, para um cargo do Poder Executivo”.
Ele acredita que, mesmo que a lei brasileira não determine um prazo de quarentena para que um juiz possa se tornar ministro do Executivo federal, deve existir cautela e bom senso, "para não comprometer nem a independência do magistrado nem o conceito social do próprio Poder Judiciário".
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