
Brasil
Maioria da população acha que golpe de 1964 deve ser desprezado, segundo Datafolha
Atitude em relação à data do golpe é mais frequente entre os segmentos mais jovens, mais escolarizados e mais ricos da população

Incentivada pelo presidente Jair Bolsonaro, a comemoração do dia 31 de março de 1964, data do golpe que levou o país a uma ditadura militar de 21 anos, não tem o apoio da maioria da população, segundo pesquisa Datafolha divulgada hoje (6).
Na opinião de 57% dos entrevistados, a data deve ser desprezada. Já 36% concordam com o presidente e acham que a data merece comemorações. Outros 7% não souberam ou não quiseram opinar a respeito.
O desprezo à data do golpe é mais frequente entre os segmentos mais jovens, mais escolarizados e mais ricos da população. Entre as pessoas de 16 a 24 anos, 64% são contrários à comemoração. Entre os que têm ensino superior, a porcentagem chega a 67%, e entre pessoas com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos, a 72%.
Já entre os favoráveis à celebração do golpe, há 42% das pessoas com mais de 60 anos, 43% dos que têm ensino fundamental e 39% dos que têm renda mensal familiar de até dois salários mínimos. Mesmo assim, em todos os estratos de idade, escolaridade e renda, a celebração é refutada pela maioria.
O instituto entrevistou 2.086 pessoas de 130 municípios entre terça (2) e quarta (3). A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança (que é a chance de a pesquisa retratar a realidade) é de 95%.
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