Brasil
Metade das mulheres grávidas é demitida na volta da licença-maternidade, diz estudo
Apesar do senso comum, especialistas avaliam que as mães são mais produtivas e flexíveis no ambiente de trabalho
Foto: Marcello Casal/ Agência Brasil
Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) publicado pelo jornal Correio Braziliense no domingo (12) aponta que metade das mães que trabalham são demitidas até dois anos depois que acaba a licença.
De acordo com a reportagem, o fenômeno ocorre devido à mentalidade de que os cuidados com os filhos são praticamente uma exclusividade delas.
Outra pesquisa dos profissionais da Catho de 2018, com mais de 2,3 mil mães, aponta que 30% das mulheres saem do mercado do trabalho para cuidar dos filhos. Entre os trabalhadores do sexo masculino, o número é quatro vezes menor: 7%.
Apesar do senso comum, especialistas avaliam que as mães são mais produtivas e flexíveis no ambiente de trabalho, já que as atividades neurais, ligadas à criatividade, aumentam durante a gestação.
O hábito de acumular duplas jornadas também pode fazer com que as trabalhadoras desenvolvam a habilidade de otimizar o tempo, o que torna a vida das mulheres mais fácil também no mercado de trabalho.
Assegurada por lei desde 1943, a licença-maternidade atendeu mais de 53 mil brasileiras em 2018, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
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