
Brasil
Autorização para Aras viajar de classe executiva quebra regra da PGR, diz coluna
Procurador-geral foi autorizado a ir à canonização de Irmã Dulce no Vaticano, mas decidiu pagar a passagem do próprio bolso

Foto: Leonardo Prado / MPF
Com a autorização para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, viajasse de classe executiva para o Vaticano para assistir à canonização de Irmã Dulce, foi quebrada uma regra que vinha sendo observada no mandato de Raquel Dodge. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha.
Em 2015, a Justiça derrubou artigos de uma portaria do antecessor de Dodge, Rodrigo Janot, que autorizava procuradores a viajarem de executiva. Desde então, a PGR passou a emitir passagens na econômica, até para a própria Dodge. A questão aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal.
Mesmo assim, o subprocurador Hindemburgo Chateaubriand Filho, secretário de cooperação internacional, assinou a autorização para que Aras viajasse na executiva. Procurado pela coluna, ele não retornou às ligações para explicar o ato.
A assessoria de Aras diz que ele havia decidido que sua viagem fosse custeada pela PGR, mas "reconsiderou rapidamente quando soube que conseguiria passagens muito mais baratas por uma agência privada. Então resolveu pagar do próprio bolso".
Ainda segundo a coluna, a nova portaria com regras para diárias, editada pelo procurador-geral, não abrange explicitamente viagens executivas. Mas Aras afirmou que “a reorganização administrativa da PGR vem sendo feita e será respeitada a decisão judicial porventura existente no tocante a viagem em classe econômica”.
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