
Brasil
“O sexo era tradado como doença”, conta Mary Del Priore sobre século XIX
Durante o Entre Páginas Especial que aconteceu nesta segunda-feira (16), a historiadora Mary Del Priore contou sobre o conteúdo do seu livro “Histórias íntimas – Sexualidade e Erotismo na História do Brasil”. “Mostra 500 anos da história da nossa sociedade. Passamos de uma sociedade repressiva para uma sociedade que só se fala disso. [Leia mais...]

Foto: Tácio Moreira/ Metropress
Durante o Entre Páginas Especial que aconteceu nesta segunda-feira (16), a historiadora Mary Del Priore contou sobre o conteúdo do seu livro “Histórias íntimas – Sexualidade e Erotismo na História do Brasil”. “Mostra 500 anos da história da nossa sociedade. Passamos de uma sociedade repressiva para uma sociedade que só se fala disso. Conheço muito Simões Filho, li o A Tarde e sei que foi vendido. Vi umas páginas dos classificados que expõem as mulheres. Eu me pergunto: 'Onde estão os grupos femininos por isso?' Depois se perguntam porque se mata uma mulher por minuto. Isso é uma bestialização. Havia uma grande liberalidade de mores e comportamento. Tinha sodomia, casos de erotismo, pedofilia e tudo mais naquela época”, explicou.
A professora contou, ainda, como a questão íntima era tratada naquela época, com um certo preconceito. “No século XIX, a igreja tratava o sexo como doença. Tentavam pilotar a sexualidade. Os homens eram convidados a anotar em cadernos sobre as vezes que faziam sexo com suas mulheres. A esterilidade era uma maldição, a mulher que não tivesse filhos era amaldiçoada. Os partos naquela época eram de uma violência. Se colocava uma mulher pendurada até que a criança saísse. Vimos o crescimento dos bordéis oferecendo um entretenimento que homem não teria em casa”, contou.
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