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Terras indígenas têm alta de 74% no desmatamento de 2018 para 2019

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Terras indígenas têm alta de 74% no desmatamento de 2018 para 2019

Território do povo indígena Ituna/Itatá, localizado no Pará, foi o mais desflorestado

Terras indígenas têm alta de 74% no desmatamento de 2018 para 2019

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Juliana Rodrigues no dia 28 de novembro de 2019 às 09:40

Os territórios indígenas tiveram uma perda de 423,3 km² de floresta para o desmatamento entre agosto de 2018 e julho de 2019, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), programa coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e obtidos pelo UOL. O número representa uma alta de 74% em relação ao território desmatado no mesmo período do ano anterior, que foi de 242,5 km².

A terra do povo indígena Ituna/Itatá, localizada no Pará, foi a mais desmatada. A área protegida teve 119,92 km² desflorestados, o equivalente a 28,33% do total. Trata-se de um dos povos isolados - sem contato com o homem branco - que restam na Amazônia. A área de conservação fica próxima ao município de Altamira, considerado o mais desmatado do Brasil.

Também foram bastante afetadas as áreas dos povos Apyterewa (85,25 km²), Cachoeira Seca (60,2 km²), Trincheira Bacajá (34,62 km²) e Kayapó (20,04 km²), todas localizadas no estado do Pará.

As terras indígenas são 4% do total desmatado na Amazônia Legal durante o período. No total, 10,1 mil km² de floresta foram desmatados entre agosto de 2018 e julho de 2019.