Garimpeiros podem levar coronavírus à Terra Yanomami e causar genocídio, diz procurador de RR
Um estudo elaborado pelo Isa e UFMG aponta que Terra Yanomami é a mais vulnerável ao coronavírus entre as regiões indígenas da Amazônia
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Por Kamille Martinho no dia 04 de Junho de 2020 ⋅ 15:20
Um terceiro ciclo de genocídio dos povos que vivem na Terra Yanomani, em decorrência da corrida aos garimpos no território indígena em meio a pandemia do coronavírus. A análise é do procurador de justiça de Roraima, Edson Damas, que recebeu denúncias sobre a continuidade de invasão dos garimpeiros no território.
Um estudo elaborado pelo Instituto Socioambiental (Isa) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que Terra Yanomami é a mais vulnerável ao coronavírus entre as regiões indígenas da Amazônia.
A Terra Yanomami é a maior do Brasil, com mais de 9 mil hectares distribuídos entre os estados de Roraima e Amazonas, a terra abriga 26.780 indígenas. A estimativa é que cerca de 20 mil garimpeiros estejam infiltrados no território. Roraima não possui garimpos legalizados.
"Vemos que quem pode levar mesmo o vírus lá para dentro são os garimpeiros, porque saem da cidade e acabam tendo contato com os indígenas. Eles atraem os índios com comida e bebida. Se esse vírus se espalhar dentro da terra indígena, essa pandemia vai causar um genocídio lá dentro", afirmou Damas ao G1.