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Diretora do Instituto Couto Maia afirmou que segue protocolo de não usar nenhum medicamento sem eficácia comprovada
Foto: Reprodução/Youtube
A infectologista Ceuci Nunes, diretora do Instituto Couto Maia, criticou hoje (8) a defesa do tratamento precoce por outros profissionais da área em entrevista ao Jornal da Cidade da Rádio Metrópole. Em entrevista a MK, o Dr. Roberto Badaró se posicionou a favor do método, que não tem eficácia comprovada cientificamente, e gerou bastante controvérsia.
"Eu acho que não é controverso: a ciência diz que o tratamento precoce não existe. Não sou eu que estou dizendo. Por exemplo, dia 4 de março de 2021, o JAMA (Jornal da Associação Médica Americana) fez uma publicação de um artigo referente à ivermectina. Eles fizeram o estudo randomizado controlado - pessoas que usaram ivermectina e pessoas que usaram placebo. E a conclusão é: para adultos com Covid-19 em quadros leves, o uso de ivermectina por 5 dias, em comparação ao placebo, não aumenta de forma significativa o tempo de resolução dos sintomas. Portanto, essa revista não orienta o uso desta medicação", explicou a infectologista.
Ceuci afirmou ainda que a sua posição e a do protocolo do Instituto Couto Maia segue a de outros especialistas e não usa nenhuma medicação que não tenha eficácia comprovada. "A gente não utiliza e não recomenda que se utilize", afirmou. E completa: "O que eu estranho muito é que nós estamos há um ano na pandemia, já desenvolvemos vacina - uma coisa inédita na ciência - e será que se alguma dessas drogas funcionasse mesmo, não já tinha alguma evidência científica? Nenhum país mais fala em uso dessas medicações".
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