
Cidade
‘Eu fico em casa, mas tem gente na rua’, diz fundador do SSA Invisível sobre população de rua na pandemia
Lucas Gonçalves contou sobre projeto que ajuda na visibilidade e dignidade de pessoas em vulnerabilidade social

Foto: Reprodução/Youtube
Lucas Gonçalves, estudante de direito e fundador do projeto Salvador Invisível, que trabalha com a população em situação de rua da capital baiana, foi entrevistado hoje (5) no Jornal da Cidade para falar sobre como estão as pessoas em vulnerabilidade social durante a pandemia da Covid-19.
“A gente tinha um assistido, que infelizmente perdemos para a Covid, Elton, e ele nos deu esse toque: ‘o que é pandemia, o que é coronavírus?’. Ele disse: 'a gente sabe que mata, mas não sabe como mata'. A partir disso passamos a levar a informação e kits de higiene, e depois cestas básicas. Ano passado arrecadamos mais ou menos 90.000 reais para entregar alimentos”, conta Lucas.
De acordo com ele, a pandemia mostrou que as pessoas vulneráveis precisam de ajuda, já que a população de rua sempre foi invisibilizada pela sociedade e pelo Estado. Mas com o “fica em casa”, as pessoas começaram a perceber que tinha gente na rua. “‘Eu fico em casa, mas tem gente na rua', então as pessoas que estão na rua passaram a ser olhadas”.
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