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‘Presidente está com medo da CPI’, diz deputado sobre CPI da Covid

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‘Presidente está com medo da CPI’, diz deputado sobre CPI da Covid

Alessandro Molon é líder da oposição na Câmara dos Deputados e falou ao Jornal da Cidade desta quinta-feira

‘Presidente está com medo da CPI’, diz deputado sobre CPI da Covid

Foto: Reprodução

Por: Gabriel Amorim no dia 15 de abril de 2021 às 19:30

O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) foi um dos entrevistados desta quinta-feira (15) no Jornal da Cidade. Líder da oposição na Câmara, Molon avaliou a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que determinou a criação da CPI da Covid. 

Para o deputado, os trabalhos que serão realizados pela comissão podem ser bastante prejudiciais ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que estaria amedrontado com a possibilidade da investigação. “É um Presidente da República, em vez de se preocupar em salvar a vida dos brasileiros que tão morrendo aos milhares, gasta tempo para pressionar um senador para que ele pressione o ministro do Supremo para que ele não julgue como tem que julgar. Está tudo errado. O Presidente da República está fazendo tudo errado. Ele está com medo dessa CPI. E eu acho que essa CPI vai levantar muita coisa contra ele”, diz Molon.

Para Molon, os trabalhos poderão ser feitos de forma independente. “Há sete senadores dos onze que não dependem do Governo, não são da base do Governo, isso dá a eles a independência necessária para fazer uma apuração séria da conduta criminosa do Governo no enfrentamento à pandemia. Seja por atos, seja por omissões”, acredita.

Molon ainda avaliou o desempenho de Bolsonaro no enfrentamento à pandemia, acreditando que a conduta do presidente contribuiu para o grande número de mortos no país. “Desde o início ele tratou essa doença grave como uma gripezinha, diminui a doença, diz que a doença era uma bobagem, isso fez com que muitos brasileiros relaxassem nas medidas de cuidado e prevenção e acabaram contraindo a doença e morrendo. Ele provocou ou estimulou aglomerações. Não foram poucas as vezes que ele produziu aglomerações. Ele desdenhou do distanciamento social. Ele ataca governadores e prefeitos que o fazem. Não bastasse tudo isso, ele recusou a compra de setenta milhões de doses de vacinas da Pfizer, em agosto passado, que seriam entregues em dezembro passado, ou seja, se ele não tivesse feito isso, um terço da população brasileira já estaria vacinada e a gente teria tido muito menos morte”, avalia.