
Cidade
Vídeo mostra agressão em supermercado; delegada diz que traficantes tiveram acesso ao estabelecimento
Polícia ainda investiga relação com o tráfico e 'modus operandi’ em esquema de segurança do Atakarejo

Foto: Reprodução
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o jovem Yan Barros, de 19 anos, tenta resistir para nãos ser entregue a traficantes e acaba agredido ainda dentro das dependências do Atakarejo em Amaralina. O registro, que dura 10 segundos, foi feito por uma testemunha. Em entrevista ao Metro1, a delegada responsável pelo caso, Andréa Ribeiro, disse que a polícia teve acesso a imagens que mostram os traficantes circulando dentro do supermercado.
"Pelos vídeos que tivemos acesso, conseguimos identificar que os traficantes foram chamados para dentro do supermercado. E isso foi tratado como algo natural. Como se eles pudessem ser chamados para resolver alguma questão no estabelecimento", diz a delegada.
As prisões realizadas na última segunda-feira (10) são, segundo a delegada, um primeiro passo da investigação. “Os três seguranças que prendemos e mais um que está foragido são pessoas que identificamos que participaram diretamente da ação. Agora precisamos saber se teve mais gente envolvida que ordenou ou sabia o que foi feito", avisa. "O próximo passo da investigação é aguardar perícia dos equipamentos eletrônicos dos envolvidos, sobretudo celular, e continuar na coleta de depoimentos para conseguirmos mapear essa história", explica a delegada.
A polícia ainda investiga se a relação com o tráfico é algo recorrente no esquema de segurança em vigor no Atakarejo. "Estamos investigando o caso que aconteceu antes. Duas amigas roubaram uma barra de chocolate, mas uma conseguiu fugir. A outra conta que foi agredida com coronhada por traficantes. Uma situação que mostra um mesmo modus operandi dos seguranças", detalha Ribeiro.
O Metro1 procurou o Atakarejo e questionou o supermercado sobre as informações dadas pela polícia bem como sobre a relação com a empresa prestadora do serviço de segurança, mas não teve resposta até a publicação deste texto.
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