Cidade
Ambulantes criticam desocupação de praça em Pernambués; Semop diz que foi de "comum acordo"
Órgão da prefeitura alega que não seria possível realizar obra no espaço com a presença de comerciantes
Foto: Divulgação
A desocupação da praça Arthur Lago, em Pernambués, iniciada na manhã desta sexta-feira (18) acabou gerando dor de cabeça para os vendedores ambulantes que atuam no local. “Os fiscais da prefeitura chegaram lá ontem umas 16h, dizendo que a gente tinha 24h para sair. Hoje, 9h da manhã já estavam lá colocando tapumes na praça e mandando a gente sair”, relata um vendedor de frutas que atua no local e que fez contato com a redação do Metro1. “Agora, vamos ficar sem ter onde trabalhar no meio da pandemia”, completa o comerciante sem se identificar.
Procurada pelo Metro1, a Secretaria Municipal de Ordem Pública, responsável pela obra, afirmou que a retirada ocorreu em comum acordo entre as lideranças da região e a prefeitura, após visita da titular da pasta ao local, ocorrida nesta manhã. “Ficou decidido, em comum acordo com as lideranças da categoria, que os comerciantes irão desocupar o espaço, a partir deste domingo (20), e retornarão à praça, de forma ordenada, após a conclusão da obra. A intervenção, que será realizada na região, tem como objetivo requalificar a praça e proporcionar um maior conforto e estrutura para os ambulantes do bairro”, diz a nota da Semop.
Ainda segundo informações da prefeitura, a obra será realizada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal) e faz parte de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) celebrado entre a prefeitura e o Shopping Bela Vista, que vai administrar a manutenção do espaço após sua conclusão. A Semop afirma, ainda, que não seria possível realizar a intervenção com a presença dos comerciantes no local.
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