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Moradora do Rio Vermelho narra momentos de pânico durante arrastão na praça: "Foi um terror"
Após uma série de assaltos nos últimos meses, a polícia chegou a intensificar a ronda
Foto: Leitor Metro1
Moradores da Praça Vivendas do Morro, situada no bairro do Rio Vermelho, estão vendo a violência aumentar de forma assustadora no local. Após uma série de assaltos nos últimos meses, a polícia chegou a intensificar a ronda. No entanto, o acompanhamento não impediu um arrastão neste domingo (26).
"Realmente foi um terror. A gente ficou muito espantado com o que aconteceu ontem", conta uma leitora do Metro1, moradora há 26 anos de um prédio próximo à praça.
"Três adultos anunciaram assalto a mão armada, um casal que estava com uma criança conseguiu fugir e gritou para que os outros fugissem também. Eu estava dentro do cachorródromo [área destinada à animais na praça] quando eles vinham andando rápido, com a mão na cintura".
A moradora, que preferiu não se identificar, conseguiu atravessar a rua e chegar a um edifício onde quem passeava pela praça se abrigou. Agora, só está com pé e joelho machucados após pular a cerca do cachorródromo. Outros não tiveram a mesma sorte. Uma mulher que resistiu a dar o celular, foi agredida pelos assaltantes.
"O que dizem é que ela é francesa e não queria perder os contatos dos familiares no chip. Mas eles deram dois murros na cara dela e roubaram também o celular do namorado dela", conta a leitora do Metro1.
Apenas neste dia, entre as 12h e 18h, moradores foram abordados em três diferentes momentos. Os assaltantes estavam armados e apareciam sozinhos, em dupla ou em trios.
Além disso, pessoas que realizavam prova para o concurso do Banco do Brasil também foram assaltadas assim que saíam de seus carros. Para os locais, a polícia definiu o dia como "atípico". "Fizeram a festa", diz a moradora.
Assustados, os síndicos dos condomínios localizados na praça agora se organizam para contratar segurança privada e tentar diminuir o número de assaltos. Com a crescente violência, também começaram a debater se deveriam retirar o comércio do local ou mesmo fechar o acesso para o Vale das Pedrinhas — área considerada perigosa pela polícia pelo domínio do tráfico de drogas.
"Não acho correto, tem funcionários que moram lá, muita gente usa esse acesso. Já tentaram fechar uma vez e deu a maior confusão, com protesto e tudo", afirma a moradora.
Após o arrastão, policiais militares chegaram a fazer uma ronda na praça no começo da manhã desta segunda-feira (27), mas que durou apenas uma hora. Agora pela tarde, os agentes retornaram com viaturas na região.
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