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Presidente busca "ponto de equilíbrio" após impasse entre evangélicos e oposição sobre cultura LGBTQIA+

Política

Presidente busca "ponto de equilíbrio" após impasse entre evangélicos e oposição sobre cultura LGBTQIA+

Após mais um adiamento, votação na Câmara de Vereadores foi remarcada para a próxima segunda-feira (13)

Presidente busca "ponto de equilíbrio" após impasse entre evangélicos e oposição sobre cultura LGBTQIA+

Foto: Valdemiro Lopes

Por: Alexandre Santos no dia 07 de dezembro de 2021 às 09:23

O presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Júnior (MDB), afirmou nesta terça-feira (7) ao Metro1 que a Casa precisa encontrar um "ponto de equilíbrio" para votar o quanto antes o Plano Municipal de Cultura de Salvador. A matéria é alvo de um impasse desde que a bancada evangélica passou a defender a exclusão do termo "cultura LGBTQIA+" de sua redação final.

A proposta havia sido pautada para a sessão desta terça (7). Adiada pela terceira vez, a votação do texto foi remarcada para a próxima segunda-feira (13), conforme decisão do colégio de líderes, informou Geraldo Júnior ao Metro1

"As bancadas estão fazendo diversas reuniões, e nós estamos acompanhando de perto, coordenando os debates. A inclusão ou não da sigla LBTQIA+ é a maior resistência a ser vencida e estamos focando nesse tema específico para chegar a um consenso. Mas, de qualquer sorte, iremos levar a matéria ao plenário, isso já deixei muito claro aos líderes", declarou o chefe do Legislativo soteropolitano.

No centro do embate está uma emenda do bloco de vereadores cristãos que pede a supressão da nomenclatura LGBTQIA+ no bojo da proposta.

"Trata-se de uma matéria de alta complexidade. Afinal de contas, envolvem temas que interferem na forma de pensar de alguns parlamentares ou de suas bancadas. Somos uma casa plural e diversa, composta por 43 pensamentos distintos, ficando muito claro o contraditório, caraterística marcante de uma democracia", diz Geraldo Jr.

"Assim como fizemos com o Estatuto da Igualdade Racial e Combate a Intolerância Religiosa, que tramitava na Câmara já há mais de uma década, estamos fazendo com esse plano que envolve, também, a questão de gênero. O nosso desafio é encontrar um ponto de equilíbrio para que possamos pacificar a matéria", afirma o emedebista.

Em tramitação na Câmara desde junho, o Plano Municipal de Cultura é de autoria do Executivo municipal e foi construído com participação de técnicos da prefeitura, sob coordenação da Fundação Gregório de Mattos.

Anteriormente, a expectativa era que a proposição fosse votada até o fim de setembro último. 

Entre outras garantias, a proposta traz em seu bojo ações do âmbito cultural direcionadas à população LGBTQIA+.