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Sábado, 06 de abril de 2024

Cidade

Paralisados, rodoviários consideram greve geral: 'prefeito precisa aumentar frota'

Categoria afirma que a prefeitura de Salvador não cumpriu parte de um acordo que envolve direitos trabalhistas

Paralisados, rodoviários consideram greve geral: 'prefeito precisa aumentar frota'

Foto: Reprodução/TV Bahia

Por: Tailane Muniz no dia 20 de janeiro de 2022 às 07:46

Os rodoviários estão paralisados desde as primeiras horas desta manhã, sob a justificativa de que o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), descumpriu um acordo firmado com a categoria. Ao todo, 60 linhas das operadoras OT Trans e Plataforma não deixaram as garagens nesta quinta-feira (20). 

Vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo diz ao Metro1 que a expectativa é de que os coletivos retornem às ruas a partir das 8h, após uma assembleia que realizam na garagem da empresa Plataforma, no subúrbio ferroviário, mas não descarta uma greve na próxima semana.

O representante sindical comenta que há dias os trabalhadores sinalizam o problema, a exemplo de quando realizaram uma manifestação em frente à Estação da Lapa - maior terminal de ônibus da capital.

"O prefeito precisa aumentar a frota de ônibus, não há condições de operarmos do jeito que está. Alta de casos [de Covid-19], ônibus lotados, trabalhadores e população em risco. Quando as aulas retornarem, vai piorar", argumenta ele, ao detalhar os números. Antes da pandemia, a cidade operava 2,4 mil ônibus, atualmente, são 1,7 mil coletivos, critica Fábio.

Ele ressalta que os trabalhadores têm 13ª salários atrasados e direitos, como plano de saúde e férias, negligenciados. "[O prefeito] garantiu que ia a vender os terrenos [da CSN] para regularizar os pagamentos, mas nada foi feito. A gente tenta resolver, mas entendemos que é o momento de agir, então não descartamos a greve geral".

Além dos pontos referentes às normas trabalhistas, Bruno Reis assegurou aos rodoviários, lembra Primo, o aproveitamento das linhas da extinta Concessionária Salvador Norte e dos mais de 2 mil funcionários que nela trabalhavam por meio do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda).