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Rodoviários da antiga CSN fazem protesto na Estação da Lapa por pagamento de verbas trabalhistas

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Rodoviários da antiga CSN fazem protesto na Estação da Lapa por pagamento de verbas trabalhistas

Trabalhadores querem reunião com o prefeito para ajudar a resolver a questão

Rodoviários da antiga CSN fazem protesto na Estação da Lapa por pagamento de verbas trabalhistas

Foto: Foto do leitor

Por: Rodrigo Meneses no dia 01 de fevereiro de 2022 às 15:52

Atualizada às 18h44*

Os trabalhadores da antiga empresa de ônibus CSN estão realizando um protesto na tarde desta terça-feira (01) na Estação da Lapa voltando a reivindicar o pagamento das verbas trabalhistas, após a Prefeitura encerrar o contrato com a empresa em março do ano passado.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Fábio Primo, 800 trabalhadores não foram absorvidos pelas empresas que assumiram as linhas da CSN e ainda aguardam o pagamento das verbas trabalhistas. O dinheiro virá da venda de terrenos da CSN que estão em leilão na Justiça do Trabalho. O sindicalista diz que as manifestações são para cobrar uma reunião com o prefeito Bruno Reis, para ele ajudar a resolver a questão.

“No ano passado, o prefeito se empenhou bastante e conseguimos costurar um acordo com a empresa, o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho. O prefeito deixou apalavrado com a gente que ajudaria na venda dos terrenos. Acreditamos que, se ele se empenhar novamente, consegue a resolver a questão”, diz Fábio Primo.

A Prefeitura decretou a intervenção na CSN em junho de 2020 por irregularidades do contrato. Os 2800 funcionários da empresa foram contratados pela Prefeitura via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). Em março de 2021, a Prefeitura rescindiu o contrato com a CSN e as outras empresas que operam o sistema de transporte público de Salvador assumiram a maior parte da mão de obra e obra que estava contratada pelo Reda, mas cerca de 800 trabalhadores não foram reaproveitados, devido à redução da frota de ônibus de Salvador.

Conforme o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, além de não serem reaproveitados, esses 800 trabalhadores ainda não foram indenizados porque o pagamento depende da venda dos terrenos da CSN.

Transtornos - Devido à manifestação na Estação da Lapa, os passageiros estão precisando descer dos ônibus para seguir até os seus destinos. Segundo a Transalvador, o protesto já causa reflexos no trânsito com engarrafamento na região do Dique do Tororó, Avenida Vasco da Gama e Centenário.

Fábio Primo diz lamentar os transtornos e pede a compreensão da população. “Lamentamos, sabemos do prejuízo que tem para a população, mas o ônibus é a nossa ferramenta de trabalho e também a nossa ferramenta de reivindicação. Quero pedir o apoio da população porque essa manifestação não é por uma questão política, mas é para ajudar pais e mães de famílias que não receberam suas indenizações trabalhistas e estão passando por muitas dificuldades”, declara.

Em resposta ao Metro1, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Salvador informou, por meio de nota, que desde o primeiro momento do impasse entre os rodoviários e a empresa CSN, a Secretaria da Mobilidade (Semob) atuou para intermediar as negociações entre as partes. "No entanto, o pagamento das verbas trabalhistas destes funcionários é de responsabilidade da CSN. No sentido de ajudar nas negociações, a pasta continua aberta à discussão com o sindicato para que a situação seja resolvida o mais breve possível", diz trecho da nota.

A Prefeitura ainda afirmou que "repudia fortemente manifestações que depredam equipamentos públicos e impedem a livre circulação dos usuários do transporte, que não resolvem a situação e só prejudicam os cidadãos".