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Mãe registra queixa e nega que filha de 13 anos seja autora de ameaças no colégio Dom Bosco
Menina seria vítima de bullying em escola e história teria sido divulgada para difamá-la

Foto: Reprodução/Redes Sociais
A ameaça de "massacre", divulgada em mensagens de texto no colégio Salesiano Dom Bosco, é falsa. É o que informa a mãe da aluna a quem foi atribuída a autoria das intimidações, direcionadas a colegas da unidade de ensino, na Avenida Paralela.
Sem se identificar, ela explicou que a filha, de 13 anos, é vítima de bullying e que a história foi inventada para difamá-la, por maldade.
"Foi tudo invenção. Não se contiveram com a situação de bullying na sala e resolveram propagar nas redes sociais. Nunca houve um episódio de violência. Minha filha nunca encostou em ninguém", declarou a mãe, preferindo anonimato para não se expor.
Segundo ela, a situação aconteceu após uma desavença entre a filha e os colegas. A mãe ligou para a menina, que atendeu o celular durante a aula, e os outros alunos chamaram a atenção da professora. A partir daí, foi gerada uma confusão.
"A coordenação me ligou informando que ela chorou muito, que teve uma desavença por conta dessa história com os colegas que têm costume de fazer chacota e bullying com ela. Marquei uma reunião para hoje com a coordenação e achei que isso terminaria ali, que era coisa de criança", relatou.
"Mais tarde, recebi telefonemas de mães informando que um perfil falso do Instagram chamado "fofoca_salesiano" estava divulgando que a minha filha ia fazer um massacre na escola no dia posterior. E que esse mesmo perfil falso estava inflamando as crianças que participavam, organizando um linchamento na minha filha, para baterem nela", lembra.
Nesta sexta-feira (8), dia em que o suposto "massacre" aconteceria, a mãe compareceu à reunião com a coordenação, que, segundo ela, se prontificou a apurar o caso e ofereceu todo o suporte necessário.
"O tal do massacre não ocorreu. Não existiu. É falso", afirmou. Ela diz que se assustou com a repercussão do caso e com os comentários ameaçadores no perfil, chegando até a torcer pela morte da menina e contendo intimidações violentas.
"Ela está recebendo ameaças de 'dar fim na vida dela', de que vão 'quebrar a cara dela', 'esmurrar a boca', se organizar coletivamente para espancar a minha filha. Estão execrando ela publicamente. Minha filha não para de chorar e isso está me desgastando demais. A minha filha só tem 13 ano. É uma criança", lamentou.
No início da tarde desta sexta, a mãe, acompanhada da filha, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O seu desejo é que o responsável pela situação seja identificado e responsabilizado. "As pessoas querem inventar as coisas no anonimato, mas elas têm que se responsabilizar", afirmou.
O perfil do Instagram apagou a imagem com os prints das supostas ameaças vindas da menina e publicou, em seguida, uma nota de desculpas. "Desculpas se vocês se sentiram ameaçados ou com medo, não era a nossa intenção", diz o comunicado.
"Depois de ter acabado com minha filha psicologicamente, ameaçado fisicamente, pediram desculpas, mas o mau está feito", contestou a mãe.
A conta ficou indisponível da rede social, ainda na tarde desta sexta. Não há informações de se ela foi excluída pelo proprietário ou se foi retirada do ar pelo próprio Instagram.
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