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Estudantes da Unifacs na Paralela relatam onda de assaltos e pedem segurança

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Estudantes da Unifacs na Paralela relatam onda de assaltos e pedem segurança

Mobilização de alunos para chamar atenção de autoridades para problema foi iniciada na tarde nesta quarta-feira (4)

Estudantes da Unifacs na Paralela relatam onda de assaltos e pedem segurança

Foto: Reprodução

Por: Adele Robichez no dia 04 de maio de 2022 às 16:47

Os alunos do campus da Universidade Salvador (Unifacs) na Paralela, a unidade Professor Barros, têm se queixado de constantes assaltos nas imediações da faculdade, o que tem gerado um clima de insegurança. 

Na última segunda-feira (2), um caso envolvendo uma das estudantes do local, que teve o celular roubado e foi agredida com chutes e coronhadas em frente à instituição, deixou a comunidade apreensiva. Nesta terça (3), outro aluno foi assaltado na passarela da estação de metrô do CAB, ao lado da Unifacs.

Diante disso, os diretórios dos cursos de saúde, área com aulas na unidade, estão promovendo uma mobilização, iniciada na tarde nesta quarta-feira (4), para chamar a atenção, não somente da faculdade, como também da Prefeitura de Salvador e do Governo do Estado, para o problema. 

“A violência atinge toda a cidade de Salvador, mas percebemos que as universidades, desde o início do ano, têm sido alvos de ataques”, observa a aluna de psicologia da Unifacs, Adrielly Souza, 21. Presidente do Diretório Acadêmico de Psicologia da Unifacs, ela está à frente da movimentação que clama por segurança.

O ato tem como lema "Precisamos de segurança para construir os nossos sonhos". Com publicações nas redes sociais de diretórios acadêmicos e atléticas dos cursos da área de saúde, os estudantes pedem “melhorias na nossa estrutura de segurança que está nesse momento defasada”. A demanda é compartilhada com a hashtag "#unifacsmaissegura".

“Estamos com medo de ir para a universidade porque os assaltos têm aumentado. Isso acontece principalmente nos pontos de ônibus e estações de metrô próximas à Unifacs. Elas são escuras e não tem policiamento. Queremos que as autoridades tenham conhecimento disso porque até agora nenhuma medida foi tomada”, afirma Adrielly.

Mãe de um aluno do curso de medicina, Daniella Bonfim, 48, revela que os pais estão “extremamente temerosos” com a situação. “Meu filho sai para estudar e eu não sei se volta”, expõe. De acordo com ela, assaltos pela região são praticamente diários.

O seu filho, João Victor Bonfim, 17, pega o metrô todos os dias para ir para a Unifacs e voltar para casa. “Está muito inseguro e a faculdade deveria oferecer, no mínimo, segurança para os nossos filhos”, protesta.

A Unifacs informou que está solicitando mais rondas ao poder público. "A Universidade tem empenhado todos os esforços no sentido de solicitar ao poder público o aumento das rondas universitárias. A UNIFACS repudia qualquer ato de violência e segue à disposição das autoridades para apoiar dentro do que lhe for possível", diz a nota da instituição.