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Reitor da Basílica do Bonfim diz estar sendo perseguido por irmandade da igreja: “Só desejo continuar trabalhando"

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Reitor da Basílica do Bonfim diz estar sendo perseguido por irmandade da igreja: “Só desejo continuar trabalhando"

Irmandade da Basílica solicitou, através de um edital, reunião extraordinária para tratar de pautas como mudanças de poderes instituídos ao reverendo

Reitor da Basílica do Bonfim diz estar sendo perseguido por irmandade da igreja: “Só desejo continuar trabalhando"

Foto: Arquivo pessoal

Por: Bélit Loiane no dia 26 de maio de 2023 às 17:07

Atualizado: no dia 26 de maio de 2023 às 19:05

O padre Edson Menezes, reitor da Basílica do Senhor do Bonfim, localizada em Salvador, disse estar sendo vítima de perseguição por parte da irmandade da igreja. Na quinta-feira (25), a Irmandade da Basílica do Senhor do Bonfim lançou um edital que solicita uma reunião extraordinária, em caráter emergencial, para tratar de pautas como mudanças de poderes instituídos ao reverendo. 

Entre as exigências presentes no documento, estão a proibição da realização das coletas de doações pelo padre, fechamento imediato das lojas comandadas por Edson, além da indicação de um gerente para administrar o projeto social criado por ele, o “Bom Samaritano”. A reunião está marcada para o dia 1º de junho. 

Há 16 anos à frente da basílica, Edson Menezes relatou ao Metro1 que a situação começou no ano passado, mas se intensificou em janeiro deste ano, após a renúncia do antigo juiz da irmandade. Com a mudança, os comportamentos e poderes de Edson começaram a ser questionados, segundo ele. O novo juiz Jorge Nunes Contreiras é responsável pela assinatura do edital. 

“Ele [o novo juiz] tem tido uma postura de competição comigo e implicou de querer tirar todos os poderes e condições da igreja, além de querer que eu seja empregado deles”, disse.

Sobre as coletas citadas no edital, o padre Edson explicou que presta contas mensais à arquidiocese e as arrecadações realizadas por ele, nas sexta-feiras, são destinadas aos serviços de manutenção da igreja. Além disso, o reitor contou que o projeto “Bom Samaritano” distribui em torno de 500 cestas básicas por mês, auxilia na compra de remédios, óculos, passagens, e oferece almoço para cerca de 300 pessoas em situação de rua na Semana do Pobre.

‘’O juiz quer o controle do projeto [Bom Samaritano] e tirar todos os meus poderes da igreja. Não existe mais diálogo, está uma situação insustentável. Eles querem tomar tudo que eu criei’’, declarou Edson Menezes. 

Como resposta ao edital, alguns fiéis da igreja criaram um movimento movido pela #SomosTodosPadreEdson. Emocionado, o reitor conhecido pelo discurso de tolerância, declarou que se sente “perseguido e injustiçado”, mas que não vai desistir da igreja, encontrando forças no carinho e apoio dos fiéis.

“Eu estou sendo perseguido, injustiçado, ameaçado e tenho consciência da minha honra. Só desejo continuar trabalhando e cumprindo o meu propósito. Sou muito querido e tenho recebido muitas manifestações de apoio, graças a Deus’’, disse Padre Edson.

O Metro1 procurou a Irmandade do Senhor do Bonfim para saber o posicionamento sobre o assunto, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.