Escultura das "Gordinhas de Ondina" é pichada com giz em Salvador; MK comenta caso

Uma das esculturas da artista plástica Eliana Kertész do monumento Meninas do Brasil, conhecido como as ‘Gordinhas de Ondina’, foi pichada com giz no último final de semana, na Avenida Milton Santos. Ainda nesta quarta-feira (30), obra permanecia riscada.

A estátua afetada foi Catarina, que representa os povos indígenas, e ainda não se sabe quem cometeu o ato. Entre os dizeres em forma de protesto, estavam frases como “Fome dói”, “viver dói” e “tô na rua”. 

No Jornal da Bahia no Ar desta quarta-feira (30), Mário Kertész comentou a situação e a classificou como uma manifestação que comprova a obra como "algo vivo na cidade". "Eu que vivi com a Eliana muitos e muitos e muitos anos, posso dizer que a Eliana ficaria satisfeita em ver que o monumento que ela fez faz parte da cidade viva. Desde que não seja uma coisa definitiva, que ataque e destrua a obra artística fantástica de Eliana Kertész, todo tipo de manifesto deve ser permitido", disse.

"Se aí tem palavras contra a fome, que é real, e se são feitas com giz, que podem ser apagadas sem nenhum problema, não tem porquê se dizer que é um escândalo, uma violência. Isso é uma manifestação", complementou.

Ao Metro1, a Secretaria de Manutenção da Cidade (SEMAN) informou que fará uma vistoria para programar a limpeza do monumento e destacou que a Prefeitura tem um prejuízo mensal de cerca de R$ 45 mil com pichação e outros atos de vandalismo. Já a Guarda Civil Metropolitana (GCM) afirmou que não foi acionada para atender a ocorrência e orientou a população a denunciar casos semelhantes pelo número (71) 99623-4955. As esculturas de bronze foram inauguradas em 2005. 

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