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Cidade de gargalos: veja pontos históricos de congestionamento em Salvador e principais causas

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Cidade de gargalos: veja pontos históricos de congestionamento em Salvador e principais causas

Reportagem do Metro1 levanta principais pontos retenções no trânsito de Salvador

Cidade de gargalos: veja pontos históricos de congestionamento em Salvador e principais causas

Foto: Metropress

Por: Fabiana Lobo no dia 27 de maio de 2025 às 16:57

Os motoristas de Salvador já sabem: tem regiões que, não importa as obras, intervenções ou novos equipamentos, sempre estarão congestionadas. Algumas têm horários críticos e motivos conhecidos, mas não solucionados. O Metro1 mapeou, junto à Transalvador, os principais pontos de retenção e investigou as causas da lentidão que afeta a rotina de quem vive ou circula pela capital baiana.

O peso do fluxo diário

Duas das principais vias da cidade, a Avenida Luís Viana Filho (Paralela) e a Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana), são quase certeza de lentidão nos horários de pico. Segundo a Transalvador, o desafio está no alto fluxo de veículos. A Paralela recebeu viadutos e teve semáforos retirados nos últimos anos. A Suburbana passou por requalificação e ganhou novo retorno no final do túnel Pirajá-Lobato. Ainda assim, as reclamações são diárias, principalmente no início e fim do dia.

Congestionamento que se espalha 

Mas não são só as vias estruturantes da cidade. As avenidas San Martin, São Rafael, Vasco da Gama e trechos da Octávio Mangabeira também enfrentam lentidão. No caso delas, o elevado número de acessos e saídas ajuda a deixar o trânsito menos fluido, assim como o uso misto das faixas faixas por carros, ônibus e motos. Se o cenário habitual já é de trânsito caótico, as obras em execução podem dar ainda mais uma forcinha. A Avenida San Martin, por exemplo, passou por uma intervenção no sistema de esgotamento sanitário, com obras que se estenderam 2023 até o início deste ano, tomando uma das faixas e dificultando ainda o fluxo.

Epicentro do nó viário

Da San Martin até a região do Shopping da Bahia, pela Avenida ACM, o trajeto de cerca de 8 km pode durar quase uma hora no horário de pico. A área é um verdadeiro nó viário, onde se cruzam vias como Paralela, Tancredo Neves, Bonocô, Rótula do Abacaxi e Vasco da Gama. A concentração de centros comerciais, prédios, clínicas, rodoviária e metrô transforma a região em um dos pontos mais caóticos da cidade.

Por lá, novas intervenções também foram feitas, em especial durante a implantação do BRT, mas diferentes faixas e elevações acabam conduzindo aos mesmos pontos de retenção. Agora, um desses pontos recebe ainda obras do viaduto que liga a região ao Acesso Norte, o resultado? Veículos que vêm de diferentes áreas da mesma avenida caindo no mesmo ponto, com diferentes saídas e acessos estreitos para o volume de carros. É um misto de empreendimentos geradores de tráfego, obras em execução e um fluxo diário já originalmente elevado, que só pode resultar em um tráfego caótico. 

Foto: Metropress/Filipe Luiz

Responsabilidade compartilhada

Assim como na ACM, outras áreas enfrentam os efeitos dos chamados pólos geradores de tráfego — como escolas e centros comerciais. Projetos viários para o acesso a esses empreendimentos nem sempre conseguem acompanhar o crescimento do fluxo gerado por eles mesmos. É o caso do Salvador Shopping, é outro gargalo da cidade. A região cresceu com a chegada de novos empreendimentos e não dá mais conta do fluxo.

A Transalvador afirma articular com os responsáveis desses empreendimentos, para soluções como contratação de monitores de trânsito e mudanças no desenho viário. “Determinamos que algumas escolas contratem monitores e, em outros casos, alteramos a circulação com proibições de estacionamento”, cita a superintendência.

Obras e intervenções emergenciais

Salvador é uma cidade em que as vias parecem não dar conta do volume atual. Parte se deve ao fluxo crescente, mas também às obras que impactam diretamente na fluidez. Na região do Curralinho, por exemplo, intervenções recentes geraram congestionamento até em horários antes tranquilos. A prefeitura agora estuda novas mudanças e até o reposicionamento de retornos.