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'Água era trazida no lombo dos escravos', comenta historiadora
A historiadora e escritora Mary del Priore, falou nesta terça-feira (31), no programa Entre Páginas especial, no Teatro Eva Herz, no Salvador Shopping, durante a segunda hora do Jornal da Cidade 2ª Edição, da Rádio Metrópole, sobre o seu livro "Histórias da gente brasileira, volume 1: colônia”, e comentou um capítulo da obra que fala sobre higiene. [Leia mais...]

Foto: Tácio Moreira/ Metropress
A historiadora e escritora Mary del Priore, falou nesta terça-feira (31), no programa Entre Páginas especial, no Teatro Eva Herz, no Salvador Shopping, durante a segunda hora do Jornal da Cidade 2ª Edição, da Rádio Metrópole, sobre o seu livro "Histórias da gente brasileira, volume 1: colônia”, e comentou um capítulo da obra que fala sobre higiene. "Hoje a gente abre a torneira e tem água abundante. É um desperdício danado. A gente não tem ideia de como era difícil transportar água, não tem ideia do sabor da água. Ela ficava longe e era trazida no lombo ou dos animais ou dos escravos, a partir do século XIX. Já o contato com a higiene, as pessoas não tinham sensibilidade olfativa. As pessoas não tomavam banho. Tinham pavor, só se lavavam as mãos, o pescoço e os pés. Bicho de pé era uma realidade do brasileiro até os anos 30. Ficava a família toda sentada num banquinho e eram retirados os bichos. Antigamente eram esvaziados os pinicos à noite, falava-se "água vai" e jogavam. Hoje basta ligar a televisão que é a mesma coisa", disse.
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