Cidade
Emoção no adeus: amigos e admiradores se despedem de Roberto Albergaria
Foi sepultado, no fim da manhã deste domingo (5), o corpo do professor e antropólogo Roberto Albergaria. Amigos, familiares e admiradores da verve irreverente, do brilhantismo no pensamento e do espírito anárquico de Albreguinha -- como ele mesmo se chamava --, fizeram suas últimas homenagens ao companheiro que faleceu na última sexta-feira (3), em sua casa. [Leia mais...]
Foto: Matheus Morais/Metropress
Foi sepultado, no fim da manhã deste domingo (5), o corpo do professor e antropólogo Roberto Albergaria. Amigos, familiares e admiradores da verve irreverente, do brilhantismo no pensamento e do espírito anárquico de Albreguinha -- como ele mesmo se chamava --, fizeram suas últimas homenagens ao intelectual que faleceu na última sexta-feira (3), em sua casa.
Companheiro ao longo dos 15 anos de Rádio Metrópole, Mário Kertész foi um dos amigos que não conseguiram segurar as lágrimas na despedida. Muito emocionado, MK destacou "a coragem dele de denunciar a hipocrisia baiana". "Essa moral de jegue, como ele dizia", acrescentou.
Roberto Albergaria de Oliveira foi um dos maiores nomes da história da Universidade Federal da Bahia (Ufba), transcendendo o ambiente acadêmico e conquistando espaço e credibilidade na imprensa baiana por sua capacidade de falar com propriedade dos mais variados assuntos.
Ele se formou em história na Ufba em 1974, poucos anos depois de abandonar a faculdade de direito. Depois, conquistou o diploma de estudos aprofundados em Antropologia, Etnologia e Ciências das Religiões pela Universidade de Paris VII, e em Sociedade e História Americanas pela Universidade de Paris I, além do doutorado em Antropologia pela Universidade de Paris VII.
Foi também professor associado da Ufba, com trabalhos que discutiam sobretudo mídia, carnaval, simbolismo e baianidade, no Departamento Antropologia e Etnologia da instituição.
Fora da academia, além dos polêmicos comentários semanais na Rádio Metrópole, foi um dos responsáveis por um dos mais importantes marcos da imprensa baiana nos anos 2000, o Carnaval do Papão, no jornal A Tarde.
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