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Colégio e Faculdade 2 de Julho acumulam dívidas trabalhistas; diretor faz promessa
Se depender das denúncias contra o Colégio e Faculdade 2 de Julho, administrado por Marcos Baruch, a palavra “tradicional” vai deixar de estar atrelada ao ensino da instituição e passar a qualificar a dívida que acumula com ex-colaboradores [Leia mais..]

Foto: Tácio Moreira/Metropress
Se depender das denúncias contra o Colégio e Faculdade 2 de Julho, administrado por Marcos Baruch, a palavra “tradicional” vai deixar de estar atrelada ao ensino da instituição e passar a qualificar a dívida que acumula com ex-colaboradores.
Para Adherbal Aguiar, 63, foi difícil acreditar que a instituição onde ensinou matemática por mais de 30 anos estava em uma situação tão complicada. “O que aconteceu foi um negócio meio surreal. Na época, o diretor mandou que eu e os professores tomássemos as providências porque senão a gente não ia ganhar nada mais nunca. Está se concretizando o que eles disseram”, disse o ex-professor, a quem a 2 de Julho deve desde 2008.
“Diziam para eu não contar”
Marli Pinheiro, 51, assistente da direção do Colégio 2 de Julho por 19 anos, disse que a instituição tentou esconder seus pagamentos dos colegas. “Foram me pagando os atrasados aos poucos. E dizendo que eu não era pra contar aos outros funcionários. Mas aí eu dei um basta. Recebi uma parte do meu FGTS e uma outra parte ficou esquecida”, disse.
Ex-funcionária duvida de leilão
Segundo o atual diretor da 2 de Julho, Marcos Baruch, o valor da dívida chega a quase R$ 900 mil, entre salários atrasados e até recolhimento de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários.
Baruch garantiu que a instituição iniciou um leilão de parte do terreno para quitar o débito, mas que, posteriormente, por divergências com os funcionários credores, a venda foi suspensa. Ainda segundo ele, quase R$ 400 mil já foram quitados da dívida total e um novo leilão já está sendo organizado. “Tão logo a gente venda essa área, vamos pagar as dividas trabalhistas”, afirmou.
A ex-assistente de direção, porém, duvida — até porque a crise imobiliária só cresce. “Isso [sobre o leilão] eu ouço desde o tempo em que eu saí de lá, em 2013. Nunca foi feito. Há um desinteresse monstro”, criticou.
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