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Estudantes processam faculdade após entrega de diploma que limita atuação na educação física
Para estudantes que concluíram a graduação em educação física na Faculdade Social da Bahia (FSBA), em Ondina, no ano de 2010, exercer a profissão está sendo uma verdadeira Odisséia. [Leia mais...]

Foto: Google/ Street View
Para estudantes que concluíram a graduação em educação física na Faculdade Social da Bahia (FSBA), em Ondina, no ano de 2010, exercer a profissão está sendo uma verdadeira Odisséia. Isso porque o diploma recebido por eles, em 2012, garante a formação parcial do profissional, que só pode atuar como educador físico em uma das duas vertentes: bacharelado ou licenciatura. Por isso, um grupo de universitários da instituição entrou com um processo contra a Faculdade Social e conseguiu, em primeira instância, um adicional gratuito de mais seis meses de curso para complementar o diploma -- transtorno que eles não estavam contando, ainda mais cinco anos depois.
Luise Moreira e outros estudantes da sua turma ficaram restritos a atuar na área de educação, campo que não era prioritário para grande parte deles. No entanto, de acordo com os então universitários, a FSBA afirmava que a mudança só seria aplicada a estudantes que entrassem na instituição a partir de 2005, quando a resolução que divide as vertentes da Educação Física foi aplicada pelo Ministério da Educação (MEC). Mas não foi o que aconteceu.
Ao pegar o diploma, Luise foi surpreendida. 'Eu recebi essa notícia com muita tristeza porque eu investi em um sonho, que foi de ter o diploma de educação física em licenciatura plena. Cursei quatro anos em uma faculdade e quando fui receber meu diploma eles restringiram', lamentou ao Metro1. De acordo com Luise, ela estava no terceiro semestre quando houve a ruptura no curso, mas a faculdade negava que o diploma seria 'entregue pela metade'.
Segundo o advogado de Luise, Maurício Magalhães, que também defende outros estudantes, se a determinação do curso complementar e o pagamento de R$ 3 mil em danos morais -- por aluno -- não for cumprida, o valor que a Faculdade Social terá de pagar irá subir para R$ 5 mil. Mesmo assim, ele se mostrou otimista. 'A tendência é que essa decisão se mantenha porque a instituição já foi notificada', declarou. A decisão em primeira instância ainda cabe recurso.
Ao site Bocão News, a assessoria da FSBA disse que a instituição não recebeu intimação sobre o processo e que portanto não poderia se posicionar quanto ao caso.
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