Domingo, 06 de julho de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Cidade

/

Estudantes processam faculdade após entrega de diploma que limita atuação na educação física

Cidade

Estudantes processam faculdade após entrega de diploma que limita atuação na educação física

Para estudantes que concluíram a graduação em educação física na Faculdade Social da Bahia (FSBA), em Ondina, no ano de 2010, exercer a profissão está sendo uma verdadeira Odisséia. [Leia mais...]

Estudantes processam faculdade após entrega de diploma que limita atuação na educação física

Foto: Google/ Street View

Por: Luiza Leão no dia 05 de junho de 2017 às 19:59

Para estudantes que concluíram a graduação em educação física na Faculdade Social da Bahia (FSBA), em Ondina, no ano de 2010, exercer a profissão está sendo uma verdadeira Odisséia. Isso porque o diploma recebido por eles, em 2012, garante a formação parcial do profissional, que só pode atuar como educador físico em uma das duas vertentes: bacharelado ou licenciatura. Por isso, um grupo de universitários da instituição entrou com um processo contra a Faculdade Social e conseguiu, em primeira instância, um adicional gratuito de mais seis meses de curso para complementar o diploma -- transtorno que eles não estavam contando, ainda mais cinco anos depois.

Luise Moreira e outros estudantes da sua turma ficaram restritos a atuar na área de educação, campo que não era prioritário para grande parte deles. No entanto, de acordo com os então universitários, a FSBA afirmava que a mudança só seria aplicada a estudantes que entrassem na instituição a partir de 2005, quando a resolução que divide as vertentes da Educação Física foi aplicada pelo Ministério da Educação (MEC). Mas não foi o que aconteceu.

Ao pegar o diploma, Luise foi surpreendida. 'Eu recebi essa notícia com muita tristeza porque eu investi em um sonho, que foi de ter o diploma de educação física em licenciatura plena. Cursei quatro anos em uma faculdade e quando fui receber meu diploma eles restringiram', lamentou ao Metro1. De acordo com Luise, ela estava no terceiro semestre quando houve a ruptura no curso, mas a faculdade negava que o diploma seria 'entregue pela metade'.

Segundo o advogado de Luise, Maurício Magalhães, que também defende outros estudantes, se a determinação do curso complementar e o pagamento de R$ 3 mil em danos morais -- por aluno -- não for cumprida, o valor que a Faculdade Social terá de pagar irá subir para R$ 5 mil. Mesmo assim, ele se mostrou otimista. 'A tendência é que essa decisão se mantenha porque a instituição já foi notificada', declarou. A decisão em primeira instância ainda cabe recurso.

Ao site Bocão News, a assessoria da FSBA disse que a instituição não recebeu intimação sobre o processo e que portanto não poderia se posicionar quanto ao caso.