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Com furtos a alunos e entrada de ‘estranhos’, sistema de segurança da Unifacs é posto em xeque
Apesar de intitular-se como a melhor faculdade privada da capital baiana, não faltam alunos em discordância com o slogan da Unifacs. [Leia mais...]

Foto: Divulgação
Câmeras de segurança instaladas na Universidade Salvador, catracas de acesso aos estudantes, carteirinhas de identificação e vigilantes são medidas insuficientes para conter o clima de insegurança na unidade da Avenida Tancredo Neves.
Apesar de intitular-se como a melhor faculdade privada da capital baiana, não faltam alunos em discordância com o slogan da Unifacs.
Em um grupo no Facebook, o link de uma reportagem sobre um furto ocorrido na biblioteca da instituição rendeu debate entre os discentes, que criticam a forma como a universidade lida com episódios como o protagonizado pelos estudantes de arquitetura Jean Pereira e Alan Souza, no último dia 2.
O prejuízo dos jovens foi de parte do Trabalho de Conclusão e Curso, além de dois notebooks e uma mochila com outros pertences.
No site Reclame Aqui a reputação da Unifacs não anda lá essas coisas, assim como no grupão do Facebook, em que a instituição carrega um "não recomendada" ao seu nome. Das 414 queixas feitas online, a maioria se refere a cobranças indevidas e má qualidade do serviço prestado.
À época como estudante, Jennifer Carvalho reclama que já teve a aula interrompida por pessoas estranhas. Pelo menos, não foram bandidos. "Lá tem catraca, mas já aconteceu de entrarem duas pessoas na minha sala que não da Unifacs. Uma foi para vender salgado e a outra para pedir dinheiro porque precisava ver a família no Norte do país. Essa última foi muito aleatória. Simplesmente a mulher entrou na sala na hora em que a professora estava dando aula", contou. Assim como no dia em que os arquitetos em formação tiveram materiais subtraídos, a catraca da universidade, que vira e mexe para de funcionar, estava com defeito.
Queixa de longas datas – Antes de a sede se mudar do Caminho das Árvores para a Tancredo Neves a instituição já acumulava um histórico duvidoso pelo cuidado com os pertences dos estudantes. "Eu deixei meu celular carregando na CPU e fui para casa. Eu fiquei confiante de que iria encontrá-lo porque era uma faculdade. No outro dia, quando eu retornei e fui nos achados e perdidos, eles não acharam. Eu falei para as câmeras e eles não olharam. Ficou por isso mesmo", relatou Itana Salomão, ex-aluna de Gestão em Recursos Humanos. O caso ocorreu em 2015.
O que diz a instituição – Em nota, a Unifacs afirmou ao Metro1 que investe constantemente em segurança, mas que não se responsabiliza por objetos esquecidos ou deixados sem nenhum responsável nas salas de aula, banheiros, estacionamentos, bibliotecas e outros espaços comuns.
Sobre o episódio dos estudantes de arquitetura, a universidade afirmou que acompanha o caso e que "está à disposição das autoridades para colaborar com a investigação e fornecer as imagens do circuito interno".
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