Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sábado, 20 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Cidade

/

MP abre investigação sobre contrato da Prefeitura com empresa da 'Máfia da Merenda'

Cidade

MP abre investigação sobre contrato da Prefeitura com empresa da 'Máfia da Merenda'

O esquema, segundo investigação, teria movimentado R$ 280 milhões em notas frias entre 2008 e 2010 em São Paulo

MP abre investigação sobre contrato da Prefeitura com empresa da 'Máfia da Merenda'

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Matheus Simoni no dia 10 de dezembro de 2018 às 09:25

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou um inquérito para investigar um contrato da Prefeitura de Salvador com a empresa Nutriplus Alimentação e Tecnologia, apontada como participante na chamada "Máfia da Merenda", ocorrida em São Paulo. A organização tem contratada pela gestão municipal da capital baiana para fornecimento de merenda escolar na rede pública de ensino da cidade.

A Nutriplus é acusada de envolvimento na "Máfia da Merenda" , esquema delatado pelo empresário Genivaldo Marques dos Santos, então sócio da empresa Verdurama – uma das envolvidas na fraude. À época, ele denunciou que quatro empresas que forneciam merenda a cidades paulistas formaram um cartel para controlar o resultado das licitações em pelo menos 57 cidades e dois Estados. O esquema, segundo o delator, teria movimentado R$ 280 milhões em notas frias entre 2008 e 2010.

De acordo com o MP-BA, o inquérito vai apurar supostas ilegalidades ocorridas no pregão eletrônico 001/2017, que culminou na contratação da Nutriplus por R$ 14.993.538,00 para prestar o serviço, segundo publicação no Diário Oficial do Município em maio do ano passado.

No mês passado, o secretário municipal de Educação, Bruno Barral, disse, em entrevista à Rádio Metrópole, que desconhecia que a empresa contratada pela pasta estava envolvida no escândalo.  "Ela responde por um processo, mas nós não tivemos nenhuma menção do Tribunal de Contas ou da Controladoria. O processo, inclusive, está aberto ao público. [...] Não posso contratar mais caro porque a empresa está respondendo processo. Nem sabia que estava. Soube pela imprensa", afirmou Barral, ao ressaltar que a licitação ocorreu "dentro da normalidade".