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Em entrevista a MK, Murilo Leite lembra histórias do passado e avalia governantes atuais 

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Em entrevista a MK, Murilo Leite lembra histórias do passado e avalia governantes atuais 

“São 54 anos de convívio. Ficamos algum tempo sem nos encontrar, mas esse tempo todo de amizade"

Em entrevista a MK, Murilo Leite lembra histórias do passado e avalia governantes atuais 

Foto: Tácio Moreira / Metropress

Por: Alexandre Galvão no dia 29 de abril de 2019 às 17:07

Ex-vereador, ex-deputado estadual, federal, ex-secretário de Estado e “ex-tudo”, como ele mesmo se descreve, Murilo Leite contou, em entrevista a Mário Kertész, histórias da sua vida política e social. A conversa aconteceu hoje (29), às 11h, dentro do Jornal da Metrópole no Ar. Leite, amigo de MK por mais de cinco décadas, foi líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador quando o âncora da Metrópole foi prefeito nomeado. 

“São 54 anos de convívio. Ficamos algum tempo sem nos encontrar, mas esse tempo todo de amizade. A gente sabe quando um precisa do outro, é só ligar que o assunto é encaminhado”, afirmou. Nascido em Aracaju, Leite chegou à Bahia aos 4 anos. “Esses dias eu estava vendo Bolsonaro falar uma bobagem e dei risada. Depois eu disse: ‘Não ria, não, pois você começou na política assim’”, contou. Leite rememorou sua entrada na Câmara. “Eu era sub-chefe da Casa Civil. Jorge Hagge, quando ele foi nomeado prefeito, disse que iria precisar de alguém dele na Câmara. E aí eu fui eleito. No princípio não gostei, mas é a coisa que hoje mais me dá saudade”, revelou. 

Apesar da oposição a MK, a amizade permaneceu. “Uma vez ACM te perguntou se a gente tinha intimidade. Quando você saiu da prefeitura, fui em sua casa te dar um abraço, disse que sua vida iria começar ali”, contou. 

E começou. Murilo Leite lembrou ainda da votação expressiva da Eliana Kertész, à época esposa de Mário e, até hoje, vereadora mais bem votada da capital. “Eliana teve 100 e tantos mil votos e foi roubada. Roubada de certa forma com o consentimento dela. Um amigo próximo tirou vários votos dela para completar os votos dele”, narrou, aos risos. 

As histórias da política nacional também foram relembradas. “Bete Mendes [atriz e ex-deputada] me perguntou se Waldir tinha chances nas prévias do PMDB para disputar a presidência. Eu disse que não, que ele iria disputar com Ulysses Guimarães e outros tantos candidatos. Outro dia, chego no gabinete do senador Luís Viana e ele me diz: ‘Seu Waldir pega a cartucheira, a espingarda no ombro, chama o cachorro e vem caçar onça em Brasília. Você acha que ele sai sem nada? Ele vai ser vice’ e foi!”. 

Com Ulysses mal nas pesquisas, tentou-se uma inversão de chapa – Waldir presidente e Ulysses vice. Mas a ideia foi barrada pela mulher do Ulysses. “No meio da eleição, viram que Ulysses não ia para lugar nenhum. Gente do PMDB resolve ir à casa de Ulysses para pedir que invertesse, colocasse Waldir como candidato, pois tinha mais chance. Na porta, dona Mora despachou: 'pode ir embora, não vai ter nada disso’".

Para Murilo Leite, a Bahia está bem de governantes. “Hoje eu vejo esse neto de Antonio Carlos. É o melhor Magalhães que produziu. Ele conseguiu ser um bom prefeito. A Bahia está feliz. O PT não fez a miséria que fez toda. Esse menino Rui... quem vai dizer que esse cara não é bom governador? Demos sorte. Um bom prefeito e um bom governador”. 

Confira a entrevista completa aqui: