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Cortes do governo Bolsonaro são decisão 'política', diz presidente da Apub
Segundo Raquel Nery, embora contingenciamentos já tenham sido anunciados em outras gestões, é a primeira vez que há uma motivação ideológica clara

Foto: Juliana Almirante / Metropress
A presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub-Sindicato), Raquel Nery, afirmou que o contingenciamento no orçamento das universidades federais anunciado pelo governo de Jair Bolsonaro se diferencia das medidas de governos anteriores por se tratar de uma decisão "política", que inviabiliza o funcionamento das instituições. A declaração foi dada durante a manifestação contra a reforma da Previdência e os cortes no orçamento das instituições federais, em Salvador, na manhã de hoje (15).
"Os bloqueios são um dispositivo do Executivo. Ele pode, eventualmente, dentro de certas justificativas legais, anunciar cortes, já houve isso antes. O que a gente tem hoje é um corte, um bloqueio feito de maneira tal que inviabiliza o funcionamento da universidade. (...) Outra questão é o uso político desse contingenciamento", disse, em entrevista ao Metro1.
Ainda segundo Raquel, não é possível prever a reação do governo às manifestações, já que trata-se de uma gestão "atípica" do ponto de vista político e institucional. "A gente tem expectativa de ter incidência política, mostrar pra sociedade brasileira, inclusive para a parte da sociedade que apoia o governo, o que a educação é. As universidades federais têm sido duramente atacadas através de uma campanha mentirosa, de fake news. (...) Mas temos expectativas de criar uma pressão política poderosa com o povo na rua, que é a coisa mais poderosa que se pode ter na democracia", afirmou.
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