
Cidade
Ex-secretário lembra de construção do CAB e papel de Lelé: 'Salvador teve um design'
Ivan também recordou da primeira administração de Mário Kertész em Salvador, quando ocupou o cargo de secretário de Urbanismo e Obras Públicas

Foto: Matheus Simoni/Metropress
O engenheiro civil e ex-secretário de Infraestrutura Ivan Barbosa foi entrevistado por Mário Kertész hoje (29), durante o horário de entrevistas especiais do Jornal da Metrópole no Ar e lembrou do período de construção do Centro Administrativo da Bahia, na Paralela, muito antes do desenvolvimento da região. Para ele, um dos principais desafios foi a construção da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Ivan também recordou da primeira administração de Mário Kertész em Salvador, quando ocupou o cargo de secretário de Urbanismo e Obras Públicas.
"Nesta primeira administração, tem duas coisas que marcaram muito. Primeiro, que nós estabelecemos uma coisa orgânica, que não tinha. Operação Chuva, Operação Verão, Operação Manutenção, enfim, começamos a estabelecer que a prefeitura poderia ser alguma coisa orgânica. Aí, nós tivemos a participação de nosso grande amigo, a quem eu devo minha vida como engenheiro. Chama-se Lelé. Ele me ensinou a ser engenheiro. Ele era um arquiteto como eram os arquitetos daquele tempo. Era o dono da obra", disse Barbosa.
"Uma coisa muito importante: Salvador teve um design. Não tinha. Todas as passarelas, os pontos de ônibus, houve uma marca que se apagou. Eu me lembro de gente do Brasil inteiro querendo fazer a passarela de Lelé, porque tinha uma leveza. Ele esteve na União Soviética e essa coisa foi trazida de lá, que é a argamassa armada. Eram peças delgadas, por isso que era leve. Não satisfeito com isso, ele desenvolveu as escadarias drenantes. Salvador não tinha esgotamento sanitário nenhum", acrescentou.
Ivan ainda citou o episódio do ministro do Exército do governo Geisel, Silvio Frota, que publicou uma lista de "comunistas" que faziam parte da administração federal, sendo quatro funcionários da Eletrobrás. "Eu sei que eles me procuraram, apavorados, 'vamos ser demitidos', eu disse 'calma, gente'. ACM chama o almirante que era do Serviço de Informações e diz: 'aqui na Eletrobrás, ninguém vai mexer'. Essas pessoas, depois, me procuraram e disseram da importância que teve Antônio Carlos naquela oportunidade. E era um momento difícil no Brasil", revelou o ex-secretário
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