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Cardeal D. Sérgio da Rocha fala de missão da Igreja e revive lema de Irmã Dulce
Em contato direto com o papa Francisco, líder da Igreja Católica no mundo, Dom Sérgio da Rocha reforços características positivas do argentino

Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado
Arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, o cardeal Dom Sérgio da Rocha falou hoje da importância da Igreja Católica durante o período da pandemia do novo coronavírus. Na primeira entrevista que concedeu à Metrópole, desde que foi nomeado para o posto, em março deste ano, o religioso disse que “cultivar a espiritualidade” é fundamental nesse momento.
“A igreja tem um papel sempre fundamental, as igrejas na verdade, mas a Igreja Católica pela sua presença no ontem e no hoje, temos uma missão exigente em qualquer circunstância, ainda mais hoje. Sabemos como é fundamental cultivar a espiritualidade. Sabemos muito que isso é importante. Queremos duas atitudes fundamentais: preservar a esperança, que vem de Deus, de contar com gente que nos ajuda, e a solidariedade com quem mais sofre, uma vez que todos sofremos, mas tem gente que sofre mais, seja pela saúde, pela questão econômica. Precisamos desse compromisso com a vida, a saúde, por isso aceitamos os sacrifícios”, afirmou, em entrevista a Mário Kertész.
O cardeal lembrou ainda admiração com Irmã Dulce, canonizada no ano passado como Santa Dulce dos Pobres. A freira é a primeira santa nascida no Brasil. “Pedi a Dom Murilo que minha primeira saída, depois do aeroporto, fosse para visitar Irmã Dulce, rezar lá diante dela. Sou grande admirador e devoto. Quando escrevi uma mensagem para a igreja de Salvador, eu usava dois verbos que são os verbos que eram conjugados no dia a dia de Irmã Dulce, que são amar e servir. Me propus a fazer isso”, indicou.
Em contato direto com o papa Francisco, líder da Igreja Católica no mundo, Dom Sérgio da Rocha reforços características positivas do argentino. “Eu tive a graça de ser o relator-geral do sínodo da juventude. Estive junto do papa e puder ver aquilo que todos nós imaginamos. A simplicidade dele é encantadora. O papa é de uma simplicidade comovente. Ele é alguém muito fraterno, que acolhe de forma fraternal, misericordioso. Ele sempre insiste numa igreja assim e é o primeiro a dar esse testemunho. Ele é muito solidário e é alguém que demonstra carinho pelo Brasil. Nas conversas com ele, o papa sempre demonstra interesse, um desejo de valorizar a igreja no Brasil”.
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