Cidade
Fase 2 só será suspensa se ocupação de UTIs chegar a 75%, explica secretário
De acordo com Leo Prates, prefeitura fará avaliação do impacto da reabertura de bares e restaurantes antes de seguir para terceira fase
Foto: Max Haack/Secom/PMS
O secretário municipal de Saúde, Leo Prates, fez uma avaliação da fase 2 de reabertura do comércio em Salvador diante da pandemia de coronavírus. Em entrevista a José Eduardo na Rádio Metrópole, durante o Jornal da Bahia no Ar de hoje (10), o gestor afirmou que só vai ocorrer um retorno à fase 1 se a taxa de ocupação de leitos de UTI na capital baiana chegar a 75%. Na manhã desta segunda-feira, o índice chegou a 55%.
"Estamos voltando às atividades econômicas, mas com muita segurança e com uma folga considerável. A fase 2 só volta a fechar caso, e a gente espera que não ocorra, os índices de taxa de ocupação de leitos de UTI suba para 75%. A gente está abrindo com uma folga considerável do sistema de saúde, que está se comportando bem", declarou o secretário.
Na avaliação de Prates, o sistema de saúde de Salvador não está mais "sob pressão". Ele afirma que o protocolo para recebimento de pacientes nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) deve mudar. O secretário disse ainda que a fase 2 será observada com cautela pela prefeitura, apesar da previsão de "leve pico" de casos não ter se confirmado.
"Eu considero a fase 2 a mais crítica para a retomada econômica porque você vai abrir bares e restaurantes. Especialmente a alimentação não se faz com máscara. A gente vai ter bastante atenção a isso, o prefeito até falou que a marcação vai ser homem a homem. Ao longo do tempo vamos ver um reflexo. O que as pessoas não podem achar agora que está tudo bem e se acomodar. Precisamos de uma colaboração para que a gente não tenha nenhum retrocesso", disse o gestor.
De acordo com o protocolo municipal, Salvador já possui o índice necessário para início da fase 3, que conta com reabertura de parques de diversões e parques temáticos; teatros, cinemas e demais casas de espetáculos; clubes sociais, recreativos e esportivos; centros de eventos e convenções. No entanto, Leo Prates detalhou que é necessário um período de duas semanas entre uma fase e outra para avançar.
"Entendo que, nesses 15 dias, precisamos de pelo menos cinco dias abaixo de 60% para abertura da fase 3. Os cinco dias desta fase agora foram feitos dentro do espectro epidemiológico. Quando você tem um crescimento, você tem um impacto. O dia que eu mais tive medo nessa fase era quinta e sexta-feira, mas tenho que acompanhar todos os calendários. A tendência era ter um pico. Como os comerciantes seguiram e a população tem se conscientizado, ao invés de crescer, teve uma queda. Eu acredito que esses 15 dias, tendo cinco dias consecutivos, o prefeito pode, depois dar início à terceira fase", declarou Prates.
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