Dançarino Negrizu ganha memorial virtual em celebração de sua trajetória

No próximo dia 29 de abril, Dia Internacional da Dança, será lançado o Memorial Virtual Negrizu - Um Corpo Afoxé, uma exposição permanente que reúne e celebra o legado vivo do dançarino, ator e performer Carlos Pereira dos Santos, o Negrizu, também conhecido como "moço lindo do Badauê", a partir do verso de Caetano Veloso. 

Com direção artística e curadoria do selo Bahia Experimental, do músico Thiago Trad, o memorial reúne performances, entrevistas, videoaulas e um catálogo fotográfico produzidos com exclusividade para celebrar os 60 anos do artista (hoje ele tem 62) que reposicionou a dança no contexto afro-baiano.

O dançarino com o músico e produtor Thiago Trad

Surgido com o Afoxé Badauê, Negrizu colaborou com os blocos Ilê Aiyê e Olodum, com o coreógrafo Clyde Morgan, o fotógrafo-antropólogo Pierre Verger, atuou no cinema, no teatro e na televisão e, com a leveza que lhe é peculiar, fincou seu nome e seus movimentos na cultura baiana, para além do Carnaval. "Isso tudo precisava ter um registro atual, é a memória viva da dança afro-baiana, por isso a necessidade de criar um Memorial”, diz Thiago Trad, idealizador do projeto.

“A arte sempre me atraiu, me magnetizou, sempre fui muito exibicionista”, declara Negrizu, feliz com o reconhecimento de sua trajetória. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.