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Aldri Anunciação adapta "Torto Arado" para o teatro e quer estreia na Bahia

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Aldri Anunciação adapta "Torto Arado" para o teatro e quer estreia na Bahia

O dramaturgo também é autor de 'Namíbia, Não!', adaptado para o cinema como 'Medida Provisória'

Aldri Anunciação adapta "Torto Arado" para o teatro e quer estreia na Bahia

Foto: Divulgação

Por: Luísa Carvalho no dia 12 de abril de 2023 às 12:59

Em um camarim, durante a turnê dos 10 anos da peça "Namíbia, Não!", o ator e dramaturgo Aldri Anunciação comentou com Fernanda Bezerra, diretora da Maré Produções Culturais, que o livro "Torto Arado" tinha sido o última lido por sua mãe antes de morrer. Depois da obra se tornar tema de muitas de suas conversas nas coxias, Fernanda propôs: “Vamos adaptar?”.

A ideia foi logo levada a Itamar Vieira Júnior, autor baiano do mais recente fenômeno da literatura brasileira, que abraçou a proposta. A Maré Produções Culturais já adquiriu os direitos do livro e começou a adaptação da peça, prevista para estrear em 2024 nos palcos da Bahia.

O responsável por levar Bibiana e Belonísia à linguagem do teatro será Aldri, que contou ao Metro1 como tem sido o processo: “Tem um Torto Arado na cabeça de cada um e meu desafio vai ser equalizar esses imaginários. A produção tem sido um processo de respeito ao imaginário coletivo que se tem dessas personagens", disse. Itamar Vieira, por sua vez, tem acompanhado de perto o texto, mas não interfere diretamente na produção. 

A adaptação de linguagens não é estranha à Aldri. O dramaturgo participou da construção do roteiro do filme ‘Medida Provisória’, baseado na peça "Namíbia, não", texto teatral que lhe rendeu o primeiro lugar no Prêmio Jabuti de Literatura na categoria Ficção para Jovens em 2013.

A peça não tem data nem local definidos para estreia, mas uma das condições para sua produção foi a de que seu lançamento acontecesse na Bahia. “Gerar essa peça aqui na Bahia tem um sentido e queremos também que a sua parteira seja baiana”, explicou Aldri. 

Com passado familiar parecido com das protagonistas do livro de Itamar, sua família era roceira na zona rural de Alagoinhas, o dramaturgo acredita que a obra tem uma importância temática marcante no Brasil atual, que vive um processo de mudança, embora ainda preso a casos de racismo e denúncia de condições análogas à escrivadão. “Traz a proposta de resgate do país sem ser ufanista”, conclui.

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