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Ministério Público pede proibição de show de Gusttavo Lima em cidade baiana em situação de emergência

Cultura

Ministério Público pede proibição de show de Gusttavo Lima em cidade baiana em situação de emergência

O município de Campo Alegre de Lourdes, com 30 mil habitantes, contratou o cantor por R$ 1,3 milhão

Ministério Público pede proibição de show de Gusttavo Lima em cidade baiana em situação de emergência

Foto: Divulgação

Por: Metro1 no dia 02 de fevereiro de 2024 às 09:55

O Ministério Público da Bahia solicitou o cancelamento do show de Gusttavo Lima na cidade de Campo Alegre de Lourdes, marcado para o dia 9 de fevereiro. A instituição ajuizou uma ação civil pública, nesta quinta-feira (1º), para que a Justiça proíba a realização da festa da Padroeira Nossa Senhora de Lourdes onde o cantor é contratado por um cachê de 1 milhão e 300 mil reais.

O valor é três vezes maior que o orçamento da cidade previsto para cultura: correspondente a cerca de R$ 413 mil. Além disso, o município está em situação de emergência desde o dia 12 de setembro de 2023 (por sinal, o mesmo mês em que assinou contrato com o cantor) por causa da seca.

Os promotores de Justiça Thays Rabelo, Patrícia Camilo Silva e Raimundo Moinhos, autores da ação, entendem que há uma "manifesta desproporcionalidade entre as ações prioritárias do Município de 
Campo Alegre de Lourdes e o evento festivo, sobretudo diante do expressivo valor de R$ 1,3 milhão para a apresentação de uma única banda".

Em nota, o MP-BA aponta que realizou diligências investigatórias e identificou que o cachê pago ao artista não considera gastos como estrutura de palco para as demais apresentações, camarim, iluminação, som, banheiros químicos e espaço para o público do evento. O órgão acionou também a empresa Balada Eventos e Produções, responsável pela contratação do artista.

O MP-BA afirma também que, antes de ajuizar a ação pública, tentou chegar a um acordo com a prefeitura de Campo Alegre de Lourdes, mas não teve sucesso. Na ação, a instituição pede que os recursos não sejam repassados à pessoa jurídica contratada e que demais contratações de artistas ou equipamentos e estrutura não sejam feitas. Solicita ainda busca e apreensão dos aparelhos de sonorização e a suspensão do fornecimento de energia elétrica em todos os locais previstos para a realização dos shows.