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Artistas da música emitem carta pedindo proteção contra perigos do uso de Inteligência Artificial

Cultura

Artistas da música emitem carta pedindo proteção contra perigos do uso de Inteligência Artificial

Entre os signatários estão gigantes como Stevie Wonder e Billie Eilish e até mesmo brasileiros como Mumuzinho e Simone Mendes

Artistas da música emitem carta pedindo proteção contra perigos do uso de Inteligência Artificial

Foto: Divulgação

Por: Metro1 no dia 03 de abril de 2024 às 07:30

Uma carta pública da Artist Rights Alliance (ARA), uma entidade sem fins lucrativos dos Estados Unidos, pede proteção contra os perigos do "uso predatório" da Inteligência Artificial. O documento traz assinaturas de centenas de artistas e compositores, não apenas americanos, mas de diversos países, incluindo brasileiros. Entre eles, gigantes da indústria musical como Stevie Wonder, Smokey Robinson, Billie Eilish e a banda Pearl Jam. No time dos brasileiros, assinam Carol Biazin, Mumuzinho, Simone Mendes, Felipe Araújo e Lauana Prado.

“Temos que nos proteger contra o uso predatório da IA para roubar vozes e retratos de artistas profissionais, violar os direitos dos criadores e destruir o ecossistema musical”, diz um trecho da carta, que foi elaborada após meses de advertências de que a expansão descontrolada da IA poderia minar a lei de direitos autorais e abrir as portas para fraudes e roubos de obras de artistas.

Outro trecho faz o seguinte apelo: "Pedimos a todas as plataformas de música digitais e aos serviços baseados em música que se comprometam a não desenvolver nem implementar tecnologia, conteúdo ou ferramentas de geração de música de IA que prejudiquem ou substituam a arte humana dos compositores e artistas ou nos neguem uma remuneração justa pelo nosso trabalho”.

No rol dos signatários também estão artistas como Katy Perry, J Balvin, Peter Frampton e os herdeiros do cantor e ator Frank Sinatra. Além da cubana Camila Cabello e do português António Zambujo, entre outros. 

“Se não for controlada, a IA lançará uma corrida ao fundo do poço que degradará o valor do nosso trabalho e nos impedirá de receber uma remuneração justa por ele”, afirmam.

“Os músicos que trabalham já estão lutando para sobreviver no mundo do streaming e agora têm o fardo adicional de tentar competir com um dilúvio de ruído gerado pela IA”, explica Jen Jacobsen, Diretora Executiva da ARA. E completa: “O uso antiético da IA generativa para substituir artistas humanos desvalorizará todo o ecossistema musical – tanto para artistas como para fãs”.

O estado do Tennessee, um dos principais polos da indústria musical, graças à cidade de Nashville, tornou-se no mês passado o primeiro nos Estados Unidos a aprovar uma lei nesse sentido. Seu objetivo declarado é proteger os profissionais da música de ameaças de IA.