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Histórica e artística, Salvador é uma das capitais com menor número de espaços culturais por habitante

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Histórica e artística, Salvador é uma das capitais com menor número de espaços culturais por habitante

O Metro1 preparou uma seleção com seis museus espalhados pela cidade e que contribuem para a manter viva a história da capital baiana

Histórica e artística, Salvador é uma das capitais com menor número de espaços culturais por habitante

Foto: Divulgação MAB/Mateus Brito

Por: Gláucia Campos no dia 05 de abril de 2024 às 09:38

Com 475 anos, Salvador é uma cidade cheia de histórias para contar. Em cada canto é possível encontrar algum local que representa um marco na história soteropolitana, melhor ainda quando há um espaço específico para preservar essas memórias, como os museus. Usando as palavras do próprio Estatuto de Museus, de 2009, o objetivo dessas instituições é “conservar, investigar, comunicar, interpretar e expor [...] conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza”. Mas, apesar de ser uma cidade com grande potencial histórico, cultural, artístico e turístico, Salvador ocupou uma das últimas posições (24ª) entre as capitais brasileiras no ranking de centros culturais, espaços e casas de cultura, públicos e privados. 

O dado foi divulgado em março deste ano no Mapa da Desigualdade entre as Capitais do Brasil, estudo produzido pelo Instituto Cidades Sustentáveis. De acordo com o documento, para cada 100 mil habitantes, há menos de um centro cultural (o índice é de 0,245). Pensando nisso, o Metro1 preparou uma seleção com seis museus espalhados pela cidade e que ajudam a manter viva a história baiana. Confira a lista abaixo:

Museu de Arte da Bahia (MAB)

A região do Centro Histórico da cidade conta com vários museus e prédios históricos. Dentre eles, no meio do Corredor da Vitória, é possível encontrar o Museu de Arte da Bahia (MAB). Fundado em 1918, é o mais antigo do estado, seu acervo é composto por duas grandes coleções: artes plásticas (pintura e escultura) e artes decorativas. Com destaque para peças do mobiliário baiano, o conjunto de porcelanas orientais e européias – onde se inclui a coleção de louça histórica brasileira – além de cristais, ourivesaria e outras alfaias.

O museu também costuma abrigar exposições temporárias e atividades para diferentes públicos, como oficinas e até mesmo feira agroecológica. A entrada é gratuita e o local costuma funcionar de terça-feira a domingo, das 10h às 18h.

Museu Geológico da Bahia

A poucos passos de distância do MAB, ainda no Corredor da Vitória, fica o Museu Geológico da Bahia. Ao contrário do vizinho, que exibe uma coleção mais tradicional de obras de artes, o Geológico se ocupa de mostrar ao público a história do planeta Terra e o patrimônio mineral da Bahia. Possui um dos maiores acervos de rochas, de minerais, de pedras preciosas e de fósseis do estado, com mais de 20 mil peças. A entrada é gratuita e o local funciona de terça a domingo, das 13h às 17h. O museu conta ainda, com um auditório/cinema, administrado pelo circuito Sala de Arte e um café.

Foto: Fernando Vivas/GOVBA

Museu Eugênio Teixeira Leal
Localizado no Pelourinho, o Museu Eugênio Teixeira Leal se dedica a contar a história do dinheiro no mundo através de medalhas, condecorações e moedas em diversos formatos, materiais e de diversos países. O nome homenageia o idealizador do local, o diretor do antigo Banco Econômico da Bahia S.A. Além da exposição fixa, o prédio do museu possui biblioteca, cineteatro e galerias para exposições temporárias. A entrada é gratuita e o local funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

Museu da Gastronomia Baiana
A culinária baiana é reconhecida por ser marcante, pela presença do dendê e pela influência africana nas receitas. O Museu da Gastronomia Baiana, iniciativa do Senac-Bahia, se dedica a preservar os diferentes sistemas alimentares do estado nos contextos históricos, culturais, sociais e gastronômicos. Localizado no pelourinho, o museu se divide em diferentes espaços contando com: exposições, um restaurante-museu/escola; bar-museu Bahia Bar; loja-museu Doces & Livros; Galeria Nelson Daiha, espaço dedicado à art-food.

Foto: Salvadordabahia/Amanda Oliveira

Acervo da Laje
Afastado do Centro Histórico, no Subúrbio Ferroviário, no bairro do São João do Cabrito, fica o Acervo da Laje. A Associação Cultural Acervo da Laje é um espaço museal independente que procura contar uma história do Subúrbio de Salvador e estimular uma ressignificação da imagem da periferia, “mostrando seus valores, memória, cultura e elaborações estéticas”, diz o site do Acervo. O local é formado por duas casas, em ambas os moradores vivem no térreo e nas partes de cima funciona o museu, onde são realizadas visitas, oficinas, encontros, etc.