
Cultura
Petrobras anuncia R$ 100 milhões para apoiar cinema brasileiro até 2027
Estatal celebra 30 anos da retomada do setor e reforça patrocínio a filmes, séries, salas e festivais nacionais

Foto: Victor Jucá/Divulgação
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, em cerimônia na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), que destinará R$ 100 milhões até 2027 para apoiar a produção e distribuição de filmes e séries, manutenção de salas de exibição e patrocínio a festivais nacionais, como Gramado, Tiradentes, Bonito Cine Sur e Mostra de Gostoso.
O evento celebrou os 30 anos da retomada do cinema brasileiro, iniciada com o lançamento de Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, de Carla Camurati, símbolo do reencontro do público com as salas após o fechamento da Embrafilme e a ausência de políticas públicas para o setor.
Segundo Milton Bittencourt, gerente de patrocínios culturais da Petrobras, o objetivo é “fortalecer o cinema brasileiro, garantindo que ele continue a contar as histórias do país, dialogando com o presente e projetando o futuro.”
Ao longo das últimas três décadas, a Petrobras patrocinou mais de 600 produções, incluindo filmes premiados e de grande impacto, como Cidade de Deus, Tieta do Agreste, O Quatrilho, Carandiru, Bacurau e O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, premiado no Festival de Cannes e selecionado para representar o Brasil no Oscar.
A apresentadora e cineasta Marina Person destacou a importância do patrocínio contínuo: “Não haveria 30 anos de história e 600 filmes viabilizados sem um aporte consistente como o da Petrobras. É um investimento que não só fortalece a produção, mas também a identidade cultural do país.”
O ator Rodrigo Santoro, convidado de honra, relacionou sua trajetória pessoal à estatal. “A rotina de dedicação do meu pai à Petrobras foi um exemplo que me marcou profundamente. Esse senso de responsabilidade e disciplina certamente me acompanha até hoje”, disse, lembrando ainda seu primeiro papel em longa-metragem, no filme Bicho de Sete Cabeças (2001).
Silvia Cruz, da distribuidora Vitrine Filmes, ressaltou o impacto do projeto Sessão Vitrine Petrobras, que leva filmes nacionais a mais de 20 cidades com ingressos a preços reduzidos. Já o produtor Flávio Tambellini destacou o longa Malês, de Antonio Pitanga, que só foi possível graças ao apoio da estatal: “É um filme histórico e necessário, que só pôde existir com esse suporte”.
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