Terça-feira, 23 de setembro de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Cultura

/

Wagner Moura critica falta de apoio público à cultura na Bahia: "governos de esquerda deveriam, por natureza, incentivar"

Cultura

Wagner Moura critica falta de apoio público à cultura na Bahia: "governos de esquerda deveriam, por natureza, incentivar"

O ator Wagner Moura participou nesta segunda-feira (22) de uma coletiva de imprensa em Salvador para apresentar sua nova peça “Um Julgamento – Depois do Inimigo do Povo”, que estreia na capital baiana entre os dias 3 e 12 de outubro, no Trapiche Barnabé

Wagner Moura critica falta de apoio público à cultura na Bahia: "governos de esquerda deveriam, por natureza, incentivar"

Foto: Reprodução/metropress

Por: Metro1 no dia 22 de setembro de 2025 às 18:07

Atualizado: no dia 22 de setembro de 2025 às 19:04

O ator Wagner Moura lamentou, nesta segunda-feira (22), o “pouco incentivo público” à cena cultural baiana, destacando os seguidos governos de esquerda no estado. Durante coletiva de imprensa da peça “Um Julgamento – Depois do Inimigo do Povo”, que vai garantir seu retorno aos palco baiano, Wagner defendeu que “governos de esquerda” têm por natureza o dever de investir na cultura.

“A cena cultural, teatral sobretudo, não só na Bahia, como em qualquer lugar, ela depende de incentivos públicos. Eu acho que isso não está acontecendo. Eu lamento que não esteja acontecendo nos seguidos governos do PT na Bahia", disse. 

Wagner relembrou que é fruto do teatro baiano dos anos 1990, época positiva para a cena cultural. “E essa época era durante o governo de Antônio Carlos Magalhães. Isso me dá uma angústia muito grande de dizer isso, mas é verdade. Eu não quero aqui criar uma polêmica com a Secretaria de Cultura, nem com a quantidade de dinheiro destinado à cultura na Bahia. Mas acho mesmo que governos de esquerda deveriam, por natureza, incentivar muito mais a cultura e, sobretudo, no caso específico do teatro”, disse, pontuando que se formou como ator justamente por viver nesta época de ebulição do teatro baiano. 

“Uma geração de jovens atores de Salvador, cujas referências são atores do Rio, de São Paulo, eu acho ruim. Eu acho que isso é ruim para a autoestima do teatro baiano e, sobretudo, é ruim para a sobrevivência profissional dos atores que vivem de teatro”, complementou.