Wagner Moura exalta papel do Nordeste na democracia: "O eleitorado nordestino salvou o país"

De volta aos palcos baianos em outubro com a peça “Um Julgamento – Depois do Inimigo do Povo” e atualmente em cartaz com o longa “O Agente Secreto”, ambientado em Recife, o ator Wagner Moura destacou o papel do Nordeste na defesa da democracia. Durante coletiva de imprensa em Salvador, o artista também comentou as manifestações do último domingo (21) contra a chamada PEC da Blindagem, que, segundo ele, representaram uma resposta da população.

No ato, Moura participou em um trio elétrico ao lado da cantora Daniela Mercury. Ele contou o que lhe veio à mente naquele momento.

“Fiquei pensando nos caras que a Polícia Rodoviária Federal parou naqueles ônibus para impedir que votassem (nas últimas eleições presidenciais). Os caras desceram dos ônibus, foram andando e foram votar. Isso é uma compreensão muito bela da democracia. Muito mais do que os caras que disseram no Congresso: ‘Não, a gente aqui julga a gente mesmo’. Perderam a vergonha e as manifestações de ontem foram uma resposta muito clara”, afirmou.

Wagner afirmou que a Região Nordeste além de ter sido decisiva nas últimas eleições, segue como referência política de resistência. “O eleitorado nordestino salvou o país. Eu sinto muito orgulho de ser baiano e de ver a força que a Bahia e o Nordeste têm nesse processo democrático. Sempre que posso, faço questão de trazer meus trabalhos para cá porque essa terra me deu tudo”, disse. 

O ator também ressaltou a escolha de Salvador para a estreia do espetáculo. “Me sinto protegido em estrear aqui, sob a energia e o carinho do povo da Bahia. Meu axé é aqui”, declarou. Para Moura, apresentar a peça na capital baiana é uma forma de reafirmar sua identidade e a conexão com a luta política do povo nordestino, que considera central em sua trajetória artística e pessoal.