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Margareth Menezes diz que axé foi ʹcoisa de momentoʹ: ʹNão é uma coisa eternaʹ

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Margareth Menezes diz que axé foi ʹcoisa de momentoʹ: ʹNão é uma coisa eternaʹ

Sobre uma suposta crise na música baiana, a cantora acredita que o que é feito na Bahia continua interessante e é "uma mistura de coisa do mundo inteiro". "Essa galera nova está fazendo uma coisa belíssima, com sampler e tecnologia, e não deixa de ser afro também", opinou a cantora, ao utilizar como exemplo o grupo BaianaSystem. [Leia mais...]

Margareth Menezes diz que axé foi ʹcoisa de momentoʹ: ʹNão é uma coisa eternaʹ

Por: Clara Rellstab no dia 15 de março de 2018 às 19:08

A cantora Margareth Menezes, que celebra 30 anos de carreira, relembrou como a canção de Luciano Gomes, "Faraó, Divindade do Egito", chegou às mãos dela.

"ʹFaraóʹ chegou por mim por Djalma Oliveira. Ele ouviu e ficou maluco! Parece que ele já tinha no imaginário algo ligado ao Egito e queria uma voz feminina na canção. Eu digo então que ʹFaraóʹ foi atrás de mim, e não eu dele (risos)", contou, em entrevista à Rádio Metrópole.

Segundo a artista, mesmo com a "letra grande e com palavras difíceis", a faixa não pode ficar de fora de seu setlist. "É muito potente, é impressionante. Mexe com o inconsciente coletivo", resumiu.

A artista comentou ainda outra composição que ficou conhecida em sua voz: "Elegibô (Uma História de Ifá)", de Rey Zulu e Ythamar Tropicália. "Foi a música que me levou para fora do Brasil. David Byrne, líder do Talking Heads, tinha feito um disco com ritmos da América Latina e estava procurando alguém para abrir a turnê dele", disse.

A escolhida do norte-americano foi justamente a artista baiana: "ele ouviu o disco e me chamou". Ao lado do grupo pop, Margareth conta que fez mais de 60 shows, em um intervalo de seis meses, ao redor de todo o mundo.

Sobre uma suposta crise na música baiana, a cantora acredita que o que é feito na Bahia continua interessante e é "uma mistura de coisa do mundo inteiro". "Essa galera nova está fazendo uma coisa belíssima, com sampler e tecnologia, e não deixa de ser afro também", opinou, ao utilizar como exemplo o grupo BaianaSystem.

"A música baiana não tem como se esgotar. Agora o axé music foi uma coisa de momento, a gente não pode achar que é uma coisa eterna", finalizou.